21 de outubro de 2014

Bioshock Infinite [Premium Edition]


As respectivas caixas.
Desenvolvido por: Irrational Games
Publicado por: 2K Games
Director: Ken Levine
Produtor: Adrian Murphy
Argumentista: Ken Levine
Compositor(es): Garry Schyman, Jim Bonney
Motor Gráfico: Unreal Engine 3
Plataforma(s): PlayStation 3, Xbox360, PC, Mac
Lançamento: 16-03-2013 (Lançamento Mundial)
Género: First Person Shooter
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: Blu-Ray
Funcionalidades: Gravação de progresso no disco rígido, Suporte HD 720p, Compatível com Função de Vibração, Compatível com PlayStation Move, Funções de Rede, DLC adicional
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o três vezes, nas várias dificuldades, alcançando a Platina.

(Parece que o Verão está de regresso!)

Fartou-se de ganhar prémios.
Longe vão os tempos em que os videojogos eram coisa de crianças. Actualmente, são mais do que tudo um modelo de negócio que sustenta muito boa gente para além de serem o passatempo de tantos muitos. E alguns, atingem valores de produção tão ou mais elevados do que os blockbusters de Hollywood. O jogo que trago até aqui hoje, é um bom exemplo disso. Uma saga que sempre primou pela sua qualidade e que teve sempre muito dinheiro envolvido na sua produção. Refiro-me portanto a Bioshock, neste caso concreto a Bioshock Infinite, o mais recente jogo da série. Esta versão que figura na colecção dá pelo nome de Premium Edition e contém um art book bastante bonito por sinal, a banda sonora em formato digital, conteúdo digital para uso no jogo, um porta-chaves alusivo aos Vigors do jogo, uma miniatura (mesmo mini) de um Handyman, temas para a PS3 e ainda um postal ilustrado de arte do jogo. Não é de todo a melhor edição de sempre em termos de conteúdo mas foi o que se arranjou, algures em 2013, por cerca de 30 euros oriunda de uma loja online.


Manual e disco.
Bioshock Infinite segue a tradição dos jogos anteriores em nos contar uma história, num cenário completamente utópico onde alguém tenta salvar outro alguém das garras de mentes distorcidas e retorcidas pelos tempos. E é uma fórmula que continua a funcionar. Neste caso seguimos a história de Booker DeWitt, algures em 1912, ao qual é pedido que traga uma rapariga de nome Elizabeth, de volta para assim limpar a sua dívida. Para tal, é preciso embarcar num foguetão, literalmente, para chegar a Columbia, uma cidade nas nuvens. É neste contexto um tanto misterioso que começa mais uma demanda cheia de surpresas e reviravoltas, a qual é difícil esquecer depois de terminada.

Um inlay interessante.
Uma das coisas que mais apreciei neste jogo foi sem dúvida alguma a parte visual. Bioshock Infinite é um jogo lindíssimo. Passear pelas ruas de Columbia é uma experiência única, onde podemos apreciar a arquitectura dos edifícios, ou mesmo os pequenos pormenores presentes em todo o lado como por exemplo os jardins que vamos encontrando cheios de flores ou mesmo as vistas por entre as nuvens. Isto, claro quando não estamos ocupados a disparar contra os habitantes tresloucados e outros inimigos curiosos. Apesar de já contar com alguns anos de bagagem, o Unreal Engine 3 ainda continua a dar cartas neste campo. Não só os visuais são luxuosos mas a animação no geral é também excelente, nomeadamente quando se trata das personagens, tanto as principais quanto todas as que são secundárias. Ah, e viajar pelo ar é qualquer coisa de estupidamente gratificante.

O conteúdo desta edição.
Não só são os visuais excelente como também a banda sonora o é. Ken Levine deparou-se com um dilema na altura de escolher faixas licenciadas para este jogo, dada a sua localização temporal, 1912, um período que o próprio considerou não ser agradável para o ouvido mais actual. Contudo, com alguma pesquisa, lá encontrou um conjunto de faixas que fazem o trabalho na perfeição, criando e proporcionando um bom ambiente a este jogo, isto já para não referir as faixas originais que foram criadas com o mesmo efeito. Como é habitual, esta banda sonora faz-se sentir naqueles momentos decisivos, tais como plot points ou lutas com bosses e afins, sendo que durante o resto do tempo, o som ambiente dá conta do recado. O voice-acting é bastante bom, com muitos diálogos entre Booker e Elizabeth, mesmo durante acesas batalhas, algo que achei genial.

E o restante conteúdo.
Em termos de jogabilidade, apesar de estarmos perante mais um título da série Bioshock, existem algumas novidades para o diferenciar dos antecessores. Embora tudo se processe de maneira semelhante (afinal de contas, continua a ser um FPS), a natureza área do jogo pedia algo que permite a Booker navegar sem complicações, até porque o mesmo não tem asas. É aqui que aparece o Sky Hook, o nosso melhor amigo nesta demanda, que não só nos permite a deslocação por entre as várias camadas da cidade, mas também ser usado com arma para executar inimigos de forma brutal. Para além do habitual arsenal de armas curiosas, Booker conta ainda com a ajuda dos Vigors que lhe proporcionam vários poderes tal como os Plasmids dos jogos anteriores. O interessante são os combos que podemos fazer com os diversos Vigors que vamos apanhando, dando-nos assim novas formas de despachar inimigos. Existem ainda as Gears, que são outro dos atributos que podemos utilizar e nos conferem habilidades passivas, algumas bastantes úteis em combate. Por fim restam as Infusions que nos conferem certas habilidades permanentemente como por exemplo vida, salts (o equivalente à EVE dos jogos anteriores) e escudo.

The bird is the word!
Se jogaram os títulos que antecederam Bioshock Infinite, lembram-se certamente dos inimigos. Por norma, eram pessoas completamente tresloucadas mas ainda assim humanos, Contudo, os Big Daddies mudavam essa tendência. Ora, aqui não temos Big Daddies nem Little Sisters mas sim o Songbird, um mecanóide enorme a condizer com o estilo steampunk de Columbia que nos persegue a partir do momento em que Elizabeth decide seguir-nos. Ao contrário dos Big Daddies, não o conseguimos matar de forma alguma. Já Elizabeth, apesar de andar quase sempre connosco, não precisa de protecção e safa-se bem em combate, quebrando assim a tradição de "proteger as meninas". Os demais inimigos, incluem também os Founders pelo que de vez em quando não é de estranhar ver um George Washington de Gatling Gun em punho. Bioshock Infinite é um jogo relativamente fácil, mesmo em Hard pelo que existe o 1999 Mode, onde a dificuldade sobe consideravelmente. Os inimigos são mais duros, os recursos mais escassos e sempre que morremos somos penalizados monetariamente, sendo que se não tivermos dinheiro, temos de começar do último autosave. Ah, e não podemos gravar sempre que nos apetece. Este modo é sem dúvida um desafio e certas batalhas podem dar dores de cabeça sem a estratégia certa. Para o desbloquear basta acabar o jogo em qualquer dificuldade ou... introduzir o Konami Code no ecrã de titulo! Kudos aos programadores.

Uma voltinha pela cidade.
Com tudo isto resta-me apenas recomendar-vos que joguem este excelente jogo. Pode não ser tão surpreendente quanto o primeiro jogo foi, nem ter aquele wow factor mas é sem dúvida uma excelente experiência. E só por isso é um JOGALHÃO DE FORÇA!

Próximo jogo:  as origens de um certo vigilante, na 3DS.

MURRALHÕES DE FORÇA: 
 

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