6 de março de 2018

The Conduit

Macho na capa.
Desenvolvido por: High Voltage Software
Publicado por: Sega
Designer(s): Rob Nicholls, Eric Nofsinger
Compositor(es): Diego Stocco, Rick Nielsen
Motor gráfico: Quantum3
Plataforma(s): NintendoWii, Android
Lançamento: 23-06-2009 (EUA), 10-07-2009 (EU)
Género: First Person Shooter
Modos de jogo: Modo história para um jogador, Multiplayer online para até 12 jogadores
Media: Wii Optical Disc (8.4GB)
Funcionalidades: Gravação de progresso na memória interna da consola, Compatível com Wii Speak
Estado: Completo
Condição: Boa, com ligeiras marcas de utilização
Viciómetro: Acabei-o duas vezes em Normal.

(Este Inverno nunca mais acaba...)

Sem autocolantes!
Algo que sempre fez parte do nosso imaginário são os extraterrestres, esses seres misteriosos que apesar de nunca termos visto nenhum até agora, existem em diversas formas e tamanhos, uns mais amigáveis, outros nem por isso, quanto muito não seja graças à nossa imaginação e forte crença de que nunca estivemos sozinhos neste vasto cosmos. E embora acredite que possam existir, o certo é que muito provavelmente nunca iremos ter conhecimento da sua existência de uma forma mais tangível a menos que descubram o segredo para a vida eterna e aí já tenho um propósito válido: encontrar vida extraterrestre! Bom mas passando ao que interessa, o jogo de hoje tem extraterrestres, hostis por sinal e foi adquirido na Play N' Play, algures entre Maio e Junho de 2016 por 9.95€. É a edição normal ainda que exista uma Special Edition com slipcase de cartão e arte diferente, bem como um artbook a acompanhar.


Manual e disco.
The Conduit é um jogo com alguma história para justificar a sua existência visto ter sido uma espécie de tentativa de angariação de jogadores mais "hardcore" para a Wii, uma vez que se trata de um FPS que tecnicamente almeja estar a par com os demais presentes nas consolas da Sony e Microsoft. De certo modo consegue alcançar esses objectivos aos quais se propôs mas no final do dia, é apenas mais um FPS tal como tantos outros sem muito que o distinga. A história é um misto de ataque alienígena e conspiração contra o governo americano, onde para além de uma tentativa de assassinato do presidente existem ainda diversos incidentes em Washington D.C. onde o mais grave se resume a uma praga conhecida por "The Bug" que afectou todos os recursos aquíferos. Cabe-nos a nós como Michael Ford, um agente dos serviços secretos, resolver tais questões.

Bam!
Na tal tentativa de fazer frente aos FPS da época a correrem em hardware tecnicamente superior, The Conduit faz um bom trabalho ao manter a fasquia elevada com uns visuais deveras sumptuosos para uma consola tão modesta como a Wii. De facto, o grafismo consegue mesmo superar alguns desses FPS, o que prova que para além da Wii ser uma consola bastante capaz, os programadores sabiam aquilo que tinham em mão e exploraram a coisa da melhor maneira. A atenção ao detalhe também não é deixada ao acaso e tudo tem bastante bom aspecto mas acima de tudo, mexe-se com fluidez a uns estáveis 30 frames e sem solavancos aparentes. O motor Quantum3 permite ainda uma série de efeitos visuais que por norma não fazem parte do espectro da Wii e mostram como a consola consegue aguentar tudo isto sem grande esforço.

A bela da SPAS-12.
Embora The Conduit apresente uma banda sonora que predomina ao longo do jogo inteiro, a verdade é que não me deixou qualquer memória, apesar do facto de ter sido composta para cada nível, uma banda sonora dividida em três partes com diferentes ritmos, à qual eram adicionados riffs de guitarra de modo a obter diferentes faixas. Assim resultou numa banda sonora dinâmica que, tal como tantos outros jogos, se adapta à acção consoante estamos em combate ou a resolver puzzles. E assim, caiu no meu poço do esquecimento. Já o voice-acting, embora também não seja memorável é minimamente decente e até conta com a voz de Kevin Sorbo (sim, o Hércules) que presta os seus talentos ao antagonista do jogo. No todo, os efeitos sonoros são bastante decentes com tudo aquilo que um FPS já nos habituou.

Olá aminguinho!
The Conduit é um FPS na Wii e como tal isso pode acarretar alguns problemas no que toca a controlo, na cabeça de muita gente. Na realidade, quando bem feitos, os FPS são tão bons ou melhores que outros jogados numa PS3 e até, atrevo-me a dizer, num PC. Basta ver o exemplo do Red Steel 2, o qual podem ler a análise já publicada. No caso de The Conduit, o controlo é decente proporcionando assim uma jogabilidade aceitável mas tem alguns contratempos. Não foi logo de início perfeito, ao ponto de ter de testar algumas das configurações que o jogo disponibiliza até encontrar uma minimamente confortável que não me meta a lutar com a câmara. Isto inclui o mapeamento dos botões, tamanho da bounding box, sensibilidade de movimento, elementos presentes no HUD e afins. Nesse aspecto, este jogo é bastante generoso e todos deviam seguir o exemplo.

Esta bola é muito útil.
Com isto em mente, The Conduit divide-se em nove missões, com cutscenes entre elas para irmos entendendo a história, onde vamos disparando contra tudo e todos, vasculhando todos os cantos na tentativa de encontrarmos algo escondido ou de interesse (transmissões de rádio e TV, por exemplo), resolvendo alguns puzzles pelo meio e claro, varrendo os insectóides invasores conhecidos por The Drudge e que aparecem em várias formas: os Mites, os mais pequenos, chatos, voam e explodem; os Drones, que agem como soldados comuns; os Scarabs, uma versão superior dos Drones com exosqueletos e poder de fogo mais agressivo e, para finalizar, os Invaders que são os mais perigosos, assumindo uma forma quadrúpede e que agem como bosses. Outros inimigos incluem humanos controlados por esta raça, o que nos leva ao armamento que pode ser gozado em dois sabores: tradicional ao bom estilo humano e tecnologia de ponta extraterrestre com algumas armas bem engraçadas. Uma das coisas que mais vamos utilizar é o All Seeing Eye (ASE) que nos permite não só resolver puzzles e interagir com diversos objectos mas também descobrir inimigos escondidos, portas invisíveis e outras tantas coisas. E por falar em inimigos, estes até se comportam de forma inteligente, atacando por vezes em grupo, com estratégia definidas e batendo em retirada quando a coisa lhes corre mal. Por outro lado, estes surgem na sua grande maioria de portais, chamados Conduits (daí o nome...) que temos de destruir a menos que sejamos masoquistas ao ponto de aguentarmos ondas infinitas de inimigos.

Alguém chamou o exterminador?
Ainda que seja um jogo tecnicamente avançado para a Wii, The Conduit não deixa de ser um FPS com a sua linearidade típica, pouca duração no que toca à campanha e um multiplayer online com os habituais modos de jogo (que actualmente já nem funciona e não tem opções locais de splitscreen). Por outro lado, apesar de ter bastantes opções de controlo não inclui nenhuma para jogar com o Classic Controller ou comando da GameCube algo que o podia tornar melhor nesse campo. Algo positivo a meu ver é que o podem jogar em sistemas com Android pois existe uma versão HD, facilmente ao alcance de todos. Com tudo isto é mais um JOGALHÃO DE FORÇA!

Próximo jogo: uma colectânea de shmups na PS2.

MURRALHÕES DE FORÇA:
 
 

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