17 de janeiro de 2018

Yakuza 3

Manly man Kiryu~chan!
Desenvolvido por: Sega
Publicado por: Sega
Director: Daisuke Sato
Produtor: Masayoshi Kikuchi
Designer: Kazuki Hosokawa
Argumentista: Masayoshi Yokoyama
Plataforma: PlayStation 3
Lançamento: 26-02-2009 (JP), 09-03-2010 (EUA), 12-03-2010 (EU)
Género(s): Acção, Aventura
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: Blu-Ray
Funcionalidades: Instalação obrigatória no disco rígido (5GB), Gravação de progresso no disco rígido, Compatível com função de vibração do DualShock3, HD 720p, 1080i, 1080p, Funcionalidades de rede
Outros nomes: 龍が如く3 (Ryu ga Gotoku 3) que traduzido dá "Like a Dragon 3" (JP)
Estado: Completo
Condição: Impecável 
Viciómetro: Acabei-o uma vez em Normal com muitas horas de jogo e praticamente tudo concluído.

(Nunca mais é Verão...)

Become a badass!
Shenmue é para muitos considerada uma das melhores sagas de sempre apesar de consistir apenas em dois jogos. Mas acima de tudo, dois enormes jogos que ainda hoje têm uma mística muito própria e que cativa quem gosta deste género de aventuras. Embora o terceiro capítulo ainda vá demorar o seu tempo a ver a luz do dia (esperemos que seja bom mas que antes nos surpreendam com versões HD dos anteriores) existe outra saga que resultou numa espécie de sucessor espiritual e que a meu ver é de uma excelência muito maior. Obviamente refiro-me à saga Yakuza, que embora tenha começado por jogar um spin-off (já aqui analisado) fez-me ter curiosidade de explorar os jogos anteriores e ter uma daquelas surpresas agradáveis que só alguns jogos nos proporcionam. Este meu exemplar foi adquirido algures entre Janeiro e Fevereiro de 2016, por 9.95€ na Play N' Play, sendo usado mas em excelente estado. Como bónus inclui ainda um CD interactivo que traz a banda sonora do jogo e um guia de personagens. O jogo conta ainda com algum DLC incluído que se resume a modos extra e afins.


Manual, papelada, disco e CD bónus.
Yakuza 3 foi o primeiro jogo da saga a fazer a sua incursão na era do HD visto os dois anteriores, à data, serem exclusivos de PS2. E embora pareça estranho, não é um mau jogo como ponto de entrada a esta série visto existir um extenso resumo dos dois jogos anteriores que pode ser lido antes de se iniciar a aventura para ter algum conhecimento de toda a história. Contudo, hoje em dia torna-se um pouco redundante pois existe um jogo anterior a tudo o resto (Yakuza 0, a ser analisado futuramente) e ainda remakes dos originais de PS2 (Yakuza Kiwami e Yakuza Kiwami 2, ainda que este não tenha sido lançado) que podem ser apreciados no hardware da PS4 com as devidas melhorias. Ainda assim, a história de Yakuza 3 centra-se na personagem mais icónica da saga, Kazuma Kiryu, que após os eventos dos anteriores capítulos decidiu reformar-se da sua vida pouco ortodoxa e assim tomar conta do orfanato Sunshine, em Okinawa, onde cresceu. Contudo, um homem com o seu carisma tem tendência a criar inimizades e portanto vai ter de mais uma vez resolver assuntos pendentes para que possa proteger quem realmente ama.

O interior da capa revela um bonito desenho.
Visualmente, Yakuza 3 é um jogo bastante surpreendente que dá uma atenção quase extrema ao detalhe, sobretudo no que concerne à animação e expressões faciais das personagens. É dos poucos jogos em que dá gosto ouvir os diálogos, por mais extensos que alguns possam ser, e apreciar assim a vivacidade de cada personagem. Os locais também estão repletos de detalhes, por mais pequenos que sejam, desde Kamurocho, onde se desenrola grande parte da acção até Okinawa, com a sua beira-mar mais calma e uma parte da cidade que é bastante diferente em termos de estética face à grande metrópole. Verdade seja dita, passear por qualquer uma das zonas é sempre um exercício de prazer e há sempre alguma coisa para observar ou descobrir no meio de tanta gente. Escusado será referir que as cutscenes utilizam o motor de jogo e a sua qualidade é deveras fantástica. Curiosamente, toda a acção corre a 30 frames/720p embora exista a opção de suportar upscale a 1080p.

Uma passeata pela cidade.
Em termos sonoros, Yakuza 3 mantém o seu áudio na língua nativa, para grande felicidade minha e dos fãs da saga (o primeiro jogo na PS2 foi dobrado para inglês sem opção de mudar para japonês). Ora, nem nada mais faria sentido num jogo tão caracteristicamente japonês. Os diálogos são mais do que muitos, sendo que os mais importantes são todos audíveis e os menos pertinentes resumem-se apenas a texto. O voice-acting é soberbo como muitos poucos conseguem ser, com vozes que imediatamente nos ficam na memória e nos deixam saudade quando terminamos a aventura. A música é também uma parte bastante abrangente nesta saga pois embora não se faça sentir muito ao longo do jogo sem ser em cenas de acção ou relativas à trama, encontra-se um pouco por todo o lado e sobretudo num dos mini-jogos mais divertidos que é o karaoke. Aqui as faixas são bastante memoráveis, visto aparecerem quase sempre ao longo de todos os jogos da saga, e é de facto um deleite poder apreciar estas músicas cantadas pela nossas personagem (a bem ou a mal) por mais pirosas que sejam. Aliás, nenhum Yakuza está completo sem a Kamurocho Lullaby!

Há sempre gente que gosta de apanhar na boca.
No campo da jogabilidade, Yakuza 3 é uma notória evolução dos jogos anteriores, com um sistema de combate refinado e mas intuitivo onde cada murro e pontapé nos trazem uma onda de satisfação pois nenhum outro jogo nos proporciona isto. Para além da história, o jogo proporciona ainda muitas Sub Stories a seguir, caso gostem de completar tudo, com algumas surpresas por descobrir caso o façam. Outro dos chamarizes que nos podem fazer parar de seguir a história por algum tempo são as actividades e mini-jogos que existem espalhados por todo o lado que que incluem alguns jogos tradicionais japoneses (alguns parecem complicados mas podemos sempre ler as regras antes), outros mais ocidentais como Blackjack e Poker, dardos, snooker, karaoke, UFO Catcher (aquela máquina com a garra para apanhar peluches), Batting Cage (bater em bolas de baseball) e golf. E a atenção ao detalhe nestes jogos é muito mas muito boa, com alguns deveras viciantes como é o caso do snooker e do golf, ao ponto de ter perdido conta às horas que passei de volta desses. E estes são apenas alguns dos diversos disponíveis entre outras actividades como torneios underground onde a pancadaria é o mote.

Kiryu é um cavalheiro, mesmo sem casaco.
Contudo, a versão ocidental de Yakuza 3 sofreu um bocado com a transição do Japão até nós. Um dos mini-jogos mais curiosos e que considero engraçados foi removido inteiramente por questões culturais (e também devido às deadlines apertadas). Refiro-me aos Hostess Clubs, onde podemos usufruir da companhia de diversas raparigas num ambiente intimo e adequado ao engate e quem sabe, desenvolver uma relação com base nas conversas que podemos ter. Contudo, na nossa versão podemos ter encontros com as ditas meninas mas nas hamburguerias locais (uma escolha de local no mínimo estranha) mas não é a mesma coisa. Felizmente nos outros jogos posteriores a este, está tudo intacto. Outra remoção foi no quiz de história do Japão, alegadamente uma vez mais por questões culturais entre outras pequenas nuances um pouco ao longo da história e Sub Stories, embora por exemplo, os strip clubs estejam presentes pois fazem parte destas e removê-los tornaria as coisas complicadas.

Majima being Majima!
Yakuza 3 é sem dúvida um jogo fantástico onde a história e sobretudo as personagens vão-nos deixar colados ao ecrã sem descurar a importância do ambiente que o jogo proporciona. O conteúdo cortado embora não muito relevante, é a única coisa má que aponto a este excelente jogo. Quem sabe se um dia não sai uma versão actualizada e melhorada para a PS4 (tal como fizeram com o primeiro e estão a fazer com o segundo) embora o salto geracional neste caso não justifique o update. Podiam sim era lançar o quinto jogo em formato físico visto no ocidente ter sido apenas lançado digital para PS3 mas isso é assunto para outra altura. Sem mais demora, este é sem dúvida um JOGALHÃO DE FORÇA!
 
Próximo jogo: um famoso anime de pancadaria, na PS2.

MURRALHÕES DE FORÇA: 
 

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