1 de março de 2018

Retro City Rampage DX

Se tivesse capa, seria algo assim.
Desenvolvido por: Vblank Entertainment
Publicado por: Vblank Entertainment
Director: Brian Provinciano
Designer: Brian Provinciano
Compositor(es): Leonard J. Paul, Jake Kaufman, Matthew Creamer
Plataforma(s): Nintendo 3DS (eShop), PlayStation 3, PlayStation 4, PlayStation Vita, PlayStation Portable, Xbox360, Nintendo Switch, PC e mais outras tantas
Lançamento: 06-02-2014 (EUA/eShop), 20-02-2014 (EU eShop)
Género(s): Acção, Aventura, Sandbox
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Funcionalidades: Gravação de progresso no cartão SD, Compatível com modo 3D
Estado: Não se aplica
Condição: Não se aplica
Viciómetro: Acabei-o uma vez com muitas horas de jogo em cima.

(Raio de tempo este...)

Só queria ir beber uma jola seus porcos!
Indie. Uma palavra que actualmente está muito em voga sobretudo no que concerne a jogatana se bem que a primeira vez que ouvi tal coisa foi há muitos anos atrás e relacionado com o mundo musical. Bom, mas o que importa é que esta palavra serve, a meu ver, para separar o trigo do joio. Ainda há bem pouco tempo li algures numa rede social, na página de uma conceituada empresa do ramo, um comentário de alguém que estava farto, e passo a citar, "de indies da treta" isto relativamente a uma oferta de jogos mensal. Ora bem, claramente esta pessoa faz parte daquele grupo crescente de casuais cujo o mercado se destina nos dias que correm, enchendo o papo com os chamados triple A que cada vez mais estão piores, bloated e cuja tendência (assim o espero) é rebentar mais cedo ou mais tarde. Chamar "indies da treta" a um jogo que é feito por fãs que cresceram a jogar e nutrem uma paixão verdadeira pela coisa é no mínimo injusto já para não dizer nojento. Mas ide lá jogar os jogos com "altes gráfiques realistas" e sejam felizes na vossa ignorância. Isto tudo foi apenas para apresentar o jogo que trago até aqui hoje (mais pareceu um rant mas ok) que foi adquirido algures entre Maio e Junho de 2016 num pacote do Humble Bundle por 1 dólar.


Dr. Eggman I presume?
Retro City Rampage DX é daqueles jogos aos quais podemos chamar uma verdadeira carta de amor a toda uma época. Nascido de um projecto homebrew que teve início em 2002 com o nome apropriado de Grand Theftendo, RCRDX revelou mais tarde e já com ajuda de outras pessoas envolvidas ser uma verdadeira viagem no tempo que nos remete para os anos 80 e 90, com toda a sua pop culture a vir ao de cima das mais variadas formas. Sejam referências a filmes como Back to the Future ou jogos como Metal Gear e River City Ransom (adivinhem de onde vem o nome), este jogo é uma verdadeira caixinha de surpresas que se torna melhor à medida que o jogamos. Podia fazer um pequeno resumo da história mas é preferível que sejam vocês a desfrutar disso.

Num tanque, é tudo mais fácil...
Como bom indie que é, RCRDX presenteia-nos com uns visuais altamente retro, inspirados naqueles que a NES nos habituou mas sem as suas limitações. Aqui temos um look retro 8-bit mas com uma palete de cor muito mais ampla, efeitos visuais igualmente a condizer e a escolha de podermos mudar tudo isto para outras paletes a recriar consolas e computadores da época. A perspectiva top down remete-nos para o GTA original e aqui funciona muito bem, com tudo a mexer-se a uma velocidade por vezes estonteante e animações excelentes. Em alguma partes o jogo adopta uma vista lateral 2D prestando assim a sua homenagem a jogos do género.

A música em RCRDX é algo que rapidamente nos fica no ouvido, com temas bastantes memoráveis e sobretudo catchy, os quais não nos fartamos de ouvir. O melhor disto tudo é que podemos ouvi-los quase que constantemente, visto à boa maneira de GTA, podermos seleccionar a música enquanto andamos de veículo. Não só a banda sonora é excelente mas também todos os efeitos sonoros são bastante bons, sem se tornarem monótonos ou mesmo irritantes.

Lembram-se do TMNT na NES?
O que RCRDX faz excepcionalmente bem é proporcionar-nos uma jogabilidade excelente. O controlo da nossa personagem é fácil e intuitivo tal como o dos veículos que inicialmente me pareceu um pouco estranho mas ao final de 5 minutos parecia que já jogava o jogo há séculos. E não só podemos andar aos tiros e murros mas podemos também saltar sobre tudo quanto é sítio e personagem à la Super Mario, bem como conduzir todo o tipo de veículos que se encontram pela cidade. As missões dividem-se entre as de história e algumas missões extra que nos levam aos mais variados sítios e de encontro às personagens mais caricatas que nos possamos lembrar. É de recordar que RCRDX é uma enorme paródia e tudo aqui é aproveitado ao máximo. O mais incrível é como um jogo tão pequeno consegue albergar tanta coisa para se fazer, desde a história às missões opcionais onde o caos é a palavra de ordem. E se é de caos que gostam, o modo Free Roaming permite-nos andar pela cidade sem objectivos a fazer o que bem nos der na gana.

Ah, o velho Smash TV iria ficar orgulhoso.
Curiosamente este jogo recebeu múltiplos updates antes desta versão DX, bem com teve direito a uma versão 486 em disquete para correr em computadores dessa época com todas as suas limitações tidas em conta. Só a versão PC teve 15 updates desde que saiu o que por si só diz muito desta pequena equipa de gente talentosa. A título de curiosidade, é possível jogarmos a versão protótipo do jogo, Rom City Rampage, visto esta ter sido incluída na versão DX.

Em suma, Retro City Rampage DX é um jogo obrigatório para quem é verdadeiramente fã de videojogos e cresceu durante os 80's e 90's. Só peca pela disponibilidade limitada no que concerne a edições físicas (existem mas não são de fácil acesso como um jogo comum) mas ainda assim, as edições digitais estão ao alcance de todos. E com tudo isto, é óbvio que estamos perante um JOGALHÃO DE FORÇA!

Próximo jogo: aliens num FPS, na Wii.

MURRALHÕES DE FORÇA: 
 

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