23 de junho de 2017

Call of Duty: Advanced Warfare [Day Zero Edition]

Ena, não é um gajo a olhar para nós.
Desenvolvido por: Sledgehammer Games (original), High Moon Studios (PS3/Xbox360), Raven Software (Multiplayer)
Publicado por: Activision
Director(es): Glen Schofield, Michael Condrey
Argumentista(s): John MacInnes, Eric Hirshberg, Mark Boal
Compositor(es): Harry Gregson-Williams, audiomachine
Plataforma(s): PlayStation 3, Xbox360, PC, Xbox One, PlayStation 4
Lançamento: 04-11-2014 (Mundial)
Género: First Person Shooter
Modos de jogo: Modo história para um jogador, Multiplayer online (para até 12 jogadores) e offline (com bots).
Media: Blu-Ray
Funcionalidades: Gravação de progresso no disco rígido da consola (25MB mínimo), Suporte HD 720p, 1080i e 1080p, Compatível com Função de Vibração, DLC de mapas adicionais.
Estado: Completo
Condição: Boa, ligeiras marcas de uso
Viciómetro: Acabei-o duas vezes em Normal e Veteran. Imensas horas no multiplayer offline nos vários modos disponíveis.

(Está um bafo destes!)

Sem autocolantes foleiros.
Uma das séries mais aclamadas de sempre no vasto mundo dos videojogos é sem dúvida Call of Duty. Originalmente concebida para PC, rapidamente achou o seu caminho nas consolas da época dando assim azo a um sem fim de aventuras sempre de arma na mão. Mas o que começou bem, sempre teve os seus pontos altos e baixos, com alguns jogos tidos em altíssima consideração como por exemplo o eterno e intemporal Call of Duty 4: Modern Warfare, que marcou uma transição necessária na série e o infame Call of Duty - Ghosts, que foi alvo de críticas imensas a todos os níveis (pessoalmente, é um dos meus favoritos devido ao multiplayer e DLC). Mas verdade seja dita (ou escrita neste caso concreto), esta saga está gasta. Cada jogo que sai parece estar completamente desprovido de novas ideias e apenas reciclar tudo aquilo que já foi feito, que já vimos, que já jogámos. O jogo que trago até aqui hoje ilustra bem tudo isto, apesar de, ainda ter uma ou outra ideia nova que até traz alguma dinâmica à acção. Este exemplar foi adquirido algures entre Julho e Agosto de 2015, por 20 euros, tratando-se de ser usado mas em muito bom estado. Sendo a Day Zero Edition, fazia-se acompanhar de um DLC para o multiplayer que já tinha sido usado mas nada que sentisse falta.


Manual, papelada e disco.
Call of Duty: Advanced Warfare não prima por marcar nenhuma mudança significativa neste universo a que a saga já nos habituou. Em poucas palavras posso resumi-lo a "FPS futurista, com algumas inovações em termos de jogabilidade mas que pouco se afasta da reformulação vista em Black Ops II". E é mesmo isto, mais um FPS que se passa algures no futuro, com armas que não existem no tempo presente em que vivemos e que tenta ser cinemático sempre que pode numa tentativa quase que desesperada de nos impressionar. Em partes até é capaz de conseguir mas noutras nem por isso. A trama decorre algures em 2054, onde encarnamos Jack Mitchell, mais um soldado entre tantos que luta juntamente com o seu camarada Will Irons, contra uma larga investida por parte da Coreia do Norte. Nisto, Will é morto ao tentar salvar Jack, que fica sem um braço e é então dispensado do serviço. Durante o funeral de Will, Jonathan Irons, o pai, oferece a Jack um lugar ao serviço da Atlas Corporation, a qual preside. E o resto é história.

Este brinquedo é engraçado...
Tendo sido dos últimos jogos a sair na PS3, visualmente este Advanced Warfare está muito abaixo dos anteriores. Um dos mais bonitos neste campo, é sem dúvida Black Ops II que muito provavelmente é o ponto alto da saga em termos técnicos. Advanced Warfare, a meu ver, está até um pouco abaixo do primeiro Modern Warfare. Embora os visuais sejam bastante detalhados e até com alguma variedade cénica, o certo é que as texturas de bastante baixa resolução e o facto do jogo não requerer instalação provoca alguns solavancos em termos de streaming a partir da drive de BluRay o que ocasionalmente resulta em pop-up e artefactos visuais diversos. As animações, contudo estão excelentes, com bastante realismo (algo que era um dos objectivos neste jogo) e a fluidez do jogo é constante sem slowdown que tivesse dado conta, mantendo quase sempre uns sólidos 60 frames.

Um dia na metrópole.
Em termos sonoros, não aponto o dedo a nada pois considero que este jogo está no mesmo patamar dos anteriores, com uma excelente banda sonora, som ambiente e demais efeitos sonoros. Mas há algo que se destaca: o voice-acting. Desta vez conseguiram trazer Kevin Spacey, um dos meus actores favoritos, para a ribalta e proporcionaram-lhe um papel de destaque com uma das personagens principais. E não só debitou todo o seu talento nos diálogos, que por sinal são bastante bons, bem como emprestou a sua figura. Obviamente custou-me um pouco desassociar a sua figura daquela a que me habitou em House of Cards mas lá fiz um esforço para o fazer. Não só a sua performance é excelente mas também o é Troy Baker, o nosso Jack Mitchell que é a única personagem jogável neste episódio (e que também é conhecido por ser actualmente o Joker).

Parece tiro aos patos.
No que concerne à jogabilidade, Advanced Warfare é bastante parecido a qualquer um dos jogos anteriores mas tem a sua quota parte de novidades. Aquela que é provavelmente a mais notória e que torna o jogo diferente dos outros é o Exo Suit, um fato que nos permite desfrutar de algumas habilidades especiais como por exemplo saltar mais alto, utilizar boost tanto em terra como no ar, apontar mais rápido, ter mais resistência ao fogo inimigo e por aí adiante. Isto confere, sem dúvida alguma, uma nova dinâmica a toda a jogabilidade pois podemos abordar diferentes situações das formas mais criativas, embora isto seja mais notório durante o multiplayer do que durante a campanha onde as coisas são mais lineares.

Ele tem razão, sempre.
Entre cada missão podemos utilizar pontos de upgrade que nos são atribuídos, para aumentar as funcionalidades do nosso Exo Suit, sejam elas reload, recoil, quick aim, bateria, granadas, armadura e afins. Estes pontos dependem da nossa performance durante as missões bem como no cumprimento de objectivos secundários, como por exemplo, coleccionar intel. A campanha é relativamente pequena, à semelhança de quase todos os jogos da saga, sendo que a dificuldade também não é nenhum empecilho, mesmo em Veteran onde os inimigos nos matam em dois ou três tiros. A diversidade de armas, sejam elas convencionais ou mais futuristas também ajudam imenso ao fluir da acção. O multiplayer é de facto onde senti a maior diferença face a todos os jogos anteriores devido apenas a uma coisa: Exo Suit. Embora este não seja tão abusado quanto a sua versão no modo campanha, o certo é que nos permite tirar partido de diversas situações de formas realmente criativas. Temos diversas vertentes do Exo Suit onde podemos utilizar uma habilidade especial durante alguns segundos para depois termos de esperar durante um período de cooldown. Uma delas, e provavelmente a que mais usei foi a Cloak, que nos permite ficar invisíveis.

Toscaria a dois.
O sistema Pick 10 de Black Ops II regressa como Pick 13 onde temos treze pontos que podemos alocar como bem entendermos, permitindo assim um nível de personalização de armas bastante útil e versátil. Os score-streaks podem também ser actualizados com upgrades, algo que aprecio bastante e as supply drops são completamente aleatórias, conferindo assim um nível de toscaria ainda maior. O modo de jogo que mais joguei foi sem dúvida o Team Deathmatch, seguido logo pelo Kill Confirmed mas todos os outros oferecem a sua dose de diversão dependendo do vosso estilo de jogo. Pessoalmente, como passo a vida a correr de um lado para o outro, estes dois são perfeitos mais a mais porque o facto de termos double jump e boost, torna a acção ainda mais rápida e frenética. Reparei também que a IA é um pouco melhor que a de Ghosts, por exemplo mas ainda assim cometem erros e nem sempre nos matam de forma cheap como acontecia no primeiro Black Ops, onde os bots por vezes já sabiam a nossa posição e nem precisavam de apontar. Para além do multiplayer, existe ainda o Exo Survival, que tal como o nome sugere, é uma evolução do Survival de Modern Warfare 3 e a dois é bastante divertido e por fim, Exo Zombies, que não pude experimentar pois faz parte do DLC. É o costume com jogos desta saga...

O senhor presidente... não dos EUA.
Embora a saga já tivesse visto melhores dias, o certo é que este Call of Duty: Advanced Warfare não é mau jogo. Também não é excelente, diria apenas que se joga e o multiplayer algo diferente ajuda nisso. Se gostam de FPS, não custa nada dar-lhe uma oportunidade até porque actualmente se encontra barato mas recomendo-vos a versão de PS4 só mesmo para ter uns visuais decentes. Posto isto, resta atribuir-lhe o selo de JOGALHÃO DE FORÇA!

Próximo jogo: pancadaria e sangue num saudoso regresso à SNES.
MURRALHÕES DE FORÇA:

 

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