19 de maio de 2017

Virtua Cop: Elite Edition

Os agentes de serviço.
Desenvolvido por: Sega AM2 (originais), RIZ Co. (PS2)
Publicado por: Sega (JP), Acclaim (EU)
Director: Wataru Kawashima
Produtor: Yu Suzuki
Designer: Yu Suzuki
Compositor(es): Kentaro Koyama, Hideaki Miyamoto
Plataforma: PlayStation 2
Lançamento: 15-08-2002 (JP), 29-11-2002 (EU)
Género: Rail Shooter
Modos de jogo: Modo história para um ou dois jogadores
Media: CD-ROM (700MB)
Funcionalidades: Gravação de progresso no Memory Card (48KB mínimo), Compatível com controlo analógico: todos os botões, Compatível com GunCon2
Outros nomes: Virtua Cop Re-Birth (JP)
Estado: Completo
Condição: Boa
Viciómetro: Acabei-o várias vezes como seria de esperar.

(Duas análises seguidas? O mundo deve estar prestes a acabar...)

Autocolantes malvados!
Nos anos 90 era bastante comum o "passa palavra" como meio de divulgação do que quer que fosse. Em especial no caso de tudo quanto diz respeito a videojogos, esta era a maneira mais fácil de transmitir e receber informação. Mas existiam outros meios de ficar a conhecer as novidades, tais como as saudosas revistas da especialidade e claro, os salões de jogos onde estavam aqueles que considerávamos os melhores jogos da época (sem que o fossem, necessariamente). Os mais falados eram sem dúvida os da Sega, que era a empresa com mais cartas dadas nos anos 90 e cada jogo que lançava era sucesso garantido. Um desses jogos foi Virtua Cop e a sua sequela, nitidamente superior, Virtua Cop 2. Mas já sabemos que a história para a Sega foi outra e hoje em dia, apesar de ainda existir, já não é aquele poderio de outrora. Ainda assim, o seu legado vai ficar sempre na história. Bom, toda esta introdução serve para apresentar o jogo que trago até aqui hoje, que na verdade é uma colectânea dos dois jogos acima referidos. O exemplar em questão chegou à colecção algures entre Julho e Agosto de 2015 por cerca de 5 euros.


Manual e disco.
Virtua Cop: Elite Edition apresenta-se como uma pequena colectânea incluindo assim os dois sucessos de arcada e ainda materiais bónus acerca dos mesmos e que tira partido do hardware da PS2 com um grafismo renovado e podendo utilizar a GunCon2 da Namco para recriar assim o espírito das máquinas de arcada. A história de ambos os jogos é praticamente a mesma e gira em torno de organizações de malfeitores e planos diabólicos de terrorismo, pelo que os nossos agentes Michael Hardy (Rage), James Cools (Smarty) e Janet Marshall (Janet) vão ter o dever de lhes limpar o sebo. Na verdade um jogo de arcada não necessita de história mas no fundo todos eles têm qualquer coisa para nos contar.
Senhor, sem passe não embarca!
Visualmente, optou-se por melhorar o grafismo de ambos os jogos ainda que não seja nada de pasmar, se formos pelos padrões da PS2 onde existem jogos absolutamente fabulosos. Ainda assim os gráficos são melhores que a versão original de arcada e sem dúvida melhores ainda que a versão de Saturn. Não era difícil, verdade? Ainda assim, gostava que tivessem incluído um modo para jogar tal e qual os originais. Pelo menos a frame rate é estável, mantendo os 60 frames mantendo a acção fluída tal como se pretende.

A banda sonora permanece intacta, apresentando as mesmas faixas, voice-acting piroso mas divertido e efeitos sonoros que ainda hoje me parecem bem para um jogo deste tipo. Não havia motivo nenhum para mudar isto e ainda bem que o fizeram. Pessoalmente aprecio mais a componente sonora de Virtua Cop 2.

A justiça na ponta das balas!
Em termos de jogabilidade não há muito a dizer, para ser sincero. Se tiverem uma televisão ou monitor CRT e uma GunCon2 a experiência não podia ser mais parecida à de arcada. Se, tal como eu, têm LCD, LED ou outra coisa parecida e apenas um comando normal de PS2, bom, também se joga mas não é de todo a forma ideal de o fazer. Controlar a mira com o joystick não é tão preciso como apontar uma arma ou até mesmo o Wii Remote mas com jeito e paciência acabamo-nos por habituar e a coisa corre bem. Também ajuda termos créditos infinitos e assim podermos repetir os níveis as vezes que forem precisas até nos tornarmos bons. E a verdade é que ambos os jogos continuam tão divertidos como na altura em que saíram ainda que se tornem repetitivos uma vez que os inimigos aparecem sempre nos mesmos sítios.

Parou tudo! Perdi o meu brinco.
Mas se bem me recordo existe um Mirror Mode como bónus e essa é sem dúvida uma boa opção e motivo para repetir a experiência novamente. Curiosamente, este jogo apenas foi lançado no Japão e na Europa, deixando os Estados Unidos de fora da equação. Por outro lado faz uso de um CD-ROM ao contrário do habitual DVD mas isto talvez seja por uma questão de redução de custos ou ambos os jogos ocuparem tão pouco espaço. Só é realmente pena não terem incluído o Virtua Cop 3 que não teve nenhum lançamento fora das arcadas até hoje mas visto que este só saiu em 2003, faz sentido não constar nesta colectânea. Podiam contudo ter relançado a mesma mais tarde, com o VC3, para a Wii uma vez que existem outras do género (House of the Dead 2+3 Returns e Gunblade NY & LA Machine Guns) na consola e são ambas excelentes exemplos de como manter os clássicos com vida.

São os gajos do Matrix!
No geral, recomendo vivamente terem esta colectânea na vossa colecção de PS2 caso não possuam as versões de Saturn ou mesmo as PCB's originais (sim, há pessoal que colecciona isso). É um jogo relativamente fácil de encontrar usado e por norma não custa rios de dinheiro embora seja exclusivo do Japão e Europa. E como tal, temos aqui um JOGALHÃO DE FORÇA!

Próximo jogo: um jogo enorme e controverso q.b. na PS3.

MURRALHÕES DE FORÇA:
 

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