27 de abril de 2017

Lightning Returns: Final Fantasy XIII [Limited Edition Steelbook]

O bonito steelbook.
Desenvolvido por: Square Enix 1st Production Department
Publicado por: Square Enix
Director:Motomu Toriyama
Produtor: Yoshinori Kitase
Designer: Yuji Abe
Artista: Yami Kamikokuryo
Argumentista: Dasuke Watanabe
Compositor(es): Naoshi Mizuta, Mitsuto Suzuki, Masashi Hamauzu
Motor gráfico: Crystal Tools
Plataforma: PlayStation 3, Xbox360, PC
Lançamento: 21-11-2013 (JP), 11-02-2014 (EUA), 14-02-2014 (EU)
Género: Action Role Playing Game
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: Blu-Ray
Funcionalidades: Gravação de progresso no disco rígido (8336KB Mínimo), Compatível com Função de Vibração, Suporte HD 720p, 1080i e 1080p, DLC adicional, Funcionalidades de rede
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o uma vez e penso que chega.

(Long time no see!)

Malditos autocolantes.
Uma das sagas mais queridas do vasto mundo dos videojogos é sem dúvida alguma Final Fantasy. Remontando aos anos 80, onde tudo começou, Final Fantasy deu origens a inúmeros jogos, numerados e não numerados, uns melhores que outros mas que acima de tudo mantêm um lugar no nosso imaginário. Com o decorrer dos anos, a qualidade dos mesmos jogos sofreu um pouco com a falta de novas ideias ou talvez ideias mal exploradas ou concebidas. O décimo terceiro capitulo marcou um ponto de viragem na série visto ter sido um dos piores de sempre em toda a história por diversos motivos (podem ler a análise já publicada anteriormente) mas tentou-se redimir com a sequela (também já aqui analisada). Contudo, esta sequela tem um final completamente aberto ou melhor, não tem final. E eis que surge o terceiro jogo dentro desta inesperada trilogia para assim completar as coisas, jogo esse que aqui apresento hoje. Este meu exemplar trata-se de ser a Limited Edition Steelbook, uma edição algo incomum, mesmo na altura em que saiu uma vez que não a vi à venda a não ser no local onde esta foi comprada (kudos para a minha maninha que me ofereceu o dito jogo). Embora fosse nova e selada, não incluía o manual original visto os tipos da Ecoplay terem-se olvidado de o voltar a colocar na caixa depois de terem aberto a mesma para incluírem a treta de um papel em português com instruções mínimas. Mesmo tendo contactado os senhores para os alertar do sucedido, não obtive resposta pelo que me resta esperar que apareça por aqui uma edição normal a um preço amigável (9.90€ já seria bom). Mais tarde, o meu amigo Fernando Sardinha da Play N' Play, fez questão de me arranjar a versão normal completa pelo que já tenho o manual no devido sítio.


Manual, papelito de DLC e disco.
Lightning Returns: Final Fantasy XIII marca assim o capítulo final nesta invulgar trilogia que tem tanto de bom como de mau. Ainda que o primeiro jogo tivesse sido um horror, o segundo foi surpreendentemente bom e só resta saber se este terceiro lhe segue os passos. A história, se é que ainda se lembram do que se passou anteriormente (eu, à data que escrevo isto, não me lembro de muito) volta a focar-se sob Lightning, que acorda de um sono auto-imposto, 500 anos após o final do segundo jogo para descobrir que o mundo está prestes a acabar tal como o conhece. Restam-lhe apenas 13 dias para tentar salvar este mundo moribundo, onde vivem também antigos amigos e aliados bem como toda a restante gente. Isto é a tarefa que lhe é incumbida pela divindade Bhunivelze, ainda que mais tarde vá descobrir que esta tem outros planos em mente.

Interior do steelbook.
Algo que caracterizou os anteriores títulos pela positiva foi certamente o grafismo e em Lightning Returns voltamos a ser presenteados com bonitos visuais, onde a diversidade embora não seja tão vasta está certamente presente. Desde as cidades até ao vasto deserto, não esquecendo a parte rural, o grafismo é certamente bastante agradável e fluido embora seja nitidamente inferior aos anteriores títulos em certas partes. Onde isto se verifica com mais pormenor é em certas texturas, que parecem bastante deslavadas e alguns modelos de NPC's e animais (os cães metem medo) que parecem pertencer a um jogo low budget da era PS2. Sim, chega a esse ponto. Ainda assim, nada disto afecta a nossa experiência e quanto muito serve para nos rirmos um pouco. Já os modelos dos inimigos, bosses e personagens principais são muitíssimo pormenorizados e bem animados.

Yep, dá para isto.
De volta estão também os compositores dos jogos anteriores para uma vez mais nos proporcionarem uma excelente banda sonora, algo que parece ser comum a todos os Final Fantasy que saíram até hoje. A sonoridade que acompanha a acção é sempre agradável de se ouvir, com temas que nos parecem ser bastante parecidos com alguns dos anteriores (e até são pois aproveitam a Blind by Light, tema recorrente desta trilogia) mas que acima de tudo nos ficam no ouvido. O voice-acting, apesar de estar apenas em inglês, é muito bom e a meu ver não perde nada face ao japonês que surgiu como DLC, supostamente gratuito inicialmente mas depois a pagar. De momento nem o encontro na PlayStation Store, portanto não sei se será incluído como patch ou algo parecido.

Este gajo é um esfomeado.
Sendo o capítulo final desta trilogia, Lightning Returns destaca-se dos anteriores devido a vários factores que o tornam muito diferente daquilo que vimos inicialmente. Para começar, não existe equipa, nem de dois nem de três, e muito menos voltamos a usar o sistema de XIII-2 onde capturávamos os inimigos (algo que adorei). Controlamos única e exclusivamente Lightning que está dependente das suas indumentárias para combater, assim num throwback a Final Fantasy X-2. Nasce assim o sistema Style-Change Active Time Battle, um misto do ATB (Active Time Battle) e paradigmas dos jogos anteriores e da Dressphere de FFX-2. Existem imensas indumentárias para coleccionar, algumas podendo ser adquiridas nas lojas, outras recompensas de quests e afins. Assim este sistema proporciona podermos usar Schematas, ou seja, conjuntos de três indumentárias, cada uma com a sua barra de ATB, e que podem ser trocadas on-the-fly visto o combate ser em tempo real e não existirem os tradicionais menus de comandos.
Happy Chocobo is happy!
Lightning pode ainda equipar diversas armas, equipamento e acessórios, todos eles podendo ser adquiridos ou ganhos de diversas formas, ainda que os melhores só estejam disponíveis de jogarmos em Hard (mas isto não é de todo necessário). Outros surgem sobre a forma de DLC e existem bastantes. Se for caso disso, podemos mudar a cor de todas as nossas indumentárias e acessórios conforme o nosso sentido estético e gosto. O combate, ainda que em tempo real, está limitado por uma determinada área e pelo cooldown das habilidades voltando a apostar no Stagger dos inimigos para provocarmos o máximo de dano possível. Quanto aos inimigos em si, estes estão todos à nossa vista e cabe-nos a nós (ou a eles) iniciar os confrontos (com os devidos bónus se os apanharmos desprevenidos). Durante a noite, os inimigos são mais abundantes e com o passar do tempo ficam mais fortes e agressivos. Se estivermos constantemente a derrotar determinada espécie, ao final de algum tempo aparece uma versão superior da mesma, assim como uma espécie de boss e se o derrotarmos extinguimos essa espécie do jogo permanentemente. Uma excelente ideia mesmo.

Luxerion, a cidade inicial.
Acima referi "com o passar do tempo" e tempo é a palavra de ordem neste jogo. Ao contrário dos anteriores, Lightning Returns conta com um relógio interno onde temos o tempo limitado para realizarmos a mais variadas tarefas, incluindo terminar a história. Daí os treze dias. Um dia de jogo equivale a uma hora real (entre duas a três, em Easy) e começamos a aventura com sete dias restantes que podem ser aumentados até treze, à medida que progredimos. Contudo, podemos parar o tempo com a habilidade Chronostasis, ainda que esta consuma EP (Energy Points) e estes não se apanham assim tão facilmente (também não vou estar a pormenorizar, joguem e descubram). A usar ser com conta, peso e medida e é recomendado para quests maiores ou que demorem algum tempo devido aos seus requisitos. E por falar em quests, há muitas para fazer e todas elas valem a pena pois as recompensas são sempre boas. Ainda que possa parecer uma tarefa hercúlea devido ao limite de tempo, este serve mais para meter medo do que outra coisa pois por experiência própria consegui fazer tudo e ainda me sobraram quase dois dias inteiros que passei à frente para ir enfrentar o boss final. É tudo uma questão se serem bons a gerir o vosso tempo! A título de curiosidade, o jogo permitia tirar screenshots (algo dado como adquirido na actual geração de consolas) e partilhar no Facebook bem como interagir com NPC's específicos que no fundo tinham itens de outros jogadores. Creio que já não seja possível tudo isto.

Penso que já devem ter uma ideia do que Lightning Returns: Final Fantasy XIII vos pode proporcionar se tiverem lido até aqui. Embora não seja tão bom quanto o jogo anterior, na minha mais modesta e sábia opinião, é certamente melhor do que o primeiro jogo nesta trilogia e sem dúvida alguma, um jogo bastante diferente com muito para fazer. E portanto, é um JOGALHÃO DE FORÇA!

Próximo jogo: samurais e decisões, na PS2.
 
MURRALHÕES DE FORÇA:
 
 

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