10 de setembro de 2015

Yaiba: Ninja Gaiden Z [Special Edition]

A capa é badass!
Desenvolvido por: Team Ninja, Spark Unlimited, Comcept
Publicado por: Tecmo Koei
Director(es): Masahiro Yasuma, Toby Gard
Produtor(es): Keiji Inafune, Yosuke Hayashi
Designer: Cory Davis
Compositor: Grant Kirkhope
Motor gráfico: Unreal Engine 3
Plataforma(s): PlayStation 3, Xbox360, PC
Lançamento: 18-03-2014 (EUA), 21-03-2014 (EU), 27-03-2014 (JP)

Género(s): Acção, Hack 'n Slash
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: Blu-Ray Dual Layer (50GB)
Funcionalidades: Instalação no disco rígido (2.1GB mínimo), Compatível com função de vibração, HD 720p, 1080i e 1080p, Leaderboards Online, DLC adicional
Estado: Completo
Condição: Impecável 
Viciómetro: Acabei-o duas vezes, em Normal e Easy e juro que não lhe toco novamente.

(Estamos quase nas 100 mil visualizações!)

Cyborg, ninja, etc...
Sempre gostei de ninjas. Desde puto que os ninjas fazem parte do meu imaginário, sobretudo porque se deu o grande boom ninja durante os anos 90 e era vê-los por toda a parte. E ainda hoje, qualquer jogo que meta ninjas chama-me logo à atenção, embora muitos deles não sejam grande espingarda, como se diz na gíria. Ainda assim, nada como experimentar para ter uma ideia da coisa mas por vezes as análises são sinceras o suficiente para nos manter afastados. Obviamente, a curiosidade mórbida inerente à minha pessoa leva-me a experimentar estes jogos e foi o que aconteceu com o jogo que trago até aqui hoje. O exemplar em questão foi adquirido algures entre Maio e Junho de 2014 por cerca de 17 euros, oriundo de uma loja online. Trata-se da Special Edition que de especial só tem mesmo uma mini BD a explicar a história da personagem principal antes do jogo. Por acaso até é interessante. Só por acaso...


Manual, papelada, BD e disco.
Yaiba: Ninja Gaiden Z é um spin-off da conhecida saga Ninja Gaiden, que conta já com alguns anos de existência mas que sofreu uma completa remodelação quando surgiu a primeira Xbox. Ora bem, este Yaiba é spin-off desta nova série de jogos e não da antiga série que tanto furor (e ataques cardíacos) provocou na NES. A história é do mais banal possível, onde seguimos a vida destruída de Yaiba Kamikaze, um ninja que foi morto pelo conhecido Ryu Hayabusa, tendo também ficado sem um braço e um olho no confronto. Contudo, a Forge Industries, uma corporação misteriosa, consegue trazê-lo de volta à vida, dá-lhe implantes cibernéticos e manda-o de volta para o campo de combate para investigar um estranho surto de zombies, que curiosamente, Ryu também anda a investigar. Portanto, banalidade no seu mais elevado expoente...

O jogo extra que nada acrescenta.
Confesso que gostei do estilo visual deste Yaiba. Afastou-se do grafismo polido e a 60 frames dos jogos da saga principal e optou por uns visuais cel shading, com um look mais cartoonish que até assentam bem pois o jogo em si é completamente despretensioso e não quer em instância alguma tentar ser sério. Obviamente, perde-se um pouco na fluidez pois a 30 frames a acção não é na minha opinião tão boa. Mesmo assim, tudo se mexe de forma competente, sem entraves maiores. O design dos níveis é no entanto simplista, pouco interessante e demasiado linear, tornando a experiência repetitiva, sobretudo porque não é muito diversificado em termos cénicos.

Um mini-boss, chato mas mesmo chato.
A música é um dos pontos mais fortes deste títulos, com faixas a oscilar entre o rock e o electrónico, a manter sempre a acção no topo. O voice-acting não me deixa saudades, embora cumpra o seu papel sem complicações mas a voz do Yaiba é algo com o qual não consigo compactuar, por assim dizer. Irrita-me, não sei explicar. Talvez por ser uma personagem demasiado revoltada com a qual não me identifico nem simpatizo. Todos os demais efeitos sonoros parecem funcionar dentro do razoável e sem problemas que se façam notar.

Ratos? Nope, o problema são zombies.
Onde realmente este jogo me deixou desiludido foi na jogabilidade. Embora esta tenha uma base simples, não é de todo intuitiva nem tão pouco divertida. Podemos atacar com a espada, com o nosso braço cibernético, bloquear ataques e afins mas nada disto é altamente satisfatório e a câmara em nada ajuda no que concerne à acção. Por vezes fica em ângulos estranhos ou  demasiado afastada da acção, fazendo com que deixemos praticamente de ver a nossa personagem no meio dos inimigos. Nem o ataque especial denominado Bloodlust, que nos permite desfazer inimigos a uma velocidade alucinante traz nada de especial ao jogo. O grande problema deste jogo prende-se no entanto com duas coisas: linearidade e repetição.

Pobre zombie...
Os níveis são todos muito straightforward, sendo que a pouca exploração que permitem nos leva ocasionalmente a um collectible ou um upgrade para o nosso ninja, tornando o jogo aborrecido, coisa que se acentua mais quando chegamos ao combate. Este resume-se praticamente a button mashing, embora dê para encadear combos mas a maioria deles parecem não surtir grande efeito nos níveis mais tardios onde os inimigos se tornam verdadeiras esponjas de dano. É verdade, este jogo é estupidamente difícil devido aos inimigos, sobretudo alguns que nos metem a arder, electrificados ou colados ao chão. Se achavam a saga Ninja Gaiden difícil, este é outro nível pois aqui parece que não conseguimos evoluir enquanto jogadores ao passo que nos jogos da saga principal, a persistência e treino acabam por dar frutos. E os bosses? Meu Deus... são de arrancar cabelos! Sobretudo devido aos checkpoints pouco generosos e depois os tempos de loading que também não são meigos. O meu conselho? Joguem em Easy, é infinitamente mais fácil do que em Normal e não estou a gozar. A diferença é abismal.

Confusão, muita confusão!
O jogo conta ainda com um outro jogo secreto que dá apenas pelo nome de Ninja Gaiden Z, numa espécie de tributo aos jogos da NES. Até aqui tudo bem, boa ideia e tal mas na hora de o jogar... outra desilusão! Não é mais do que um jogo 3D com uma perspectiva semi top down view, onde mais uma vez, a dificuldade estraga tudo! Podia pelo menos ser difícil mas ser 2D como os clássicos. O online resume-se às leaderboards a ver quem é o maior no jogo e a algum DLC que se traduz em fatos para o Yaiba. Pelo menos os que tirei eram de borla e um deles era do Might Nº9, um jogo da autoria de Keiji Inafune, que está para sair, altamente financiado pelos apoiantes no Kickstarter.

Este gajo é o culpado por este jogo!
Yaiba: Ninja Gaiden Z tinha os ingredientes para ser um bom spin-off, ou pelo menos, um que fosse divertido. Não o é, em nenhuma circunstância e não o aconselho a jogarem. A menos que sejam mesmo muito fãs de Ninja Gaiden, morbidamente curiosos ou simplesmente masoquistas sedentos de dor. Mas o facto é que estando na colecção, é um JOGALHÃO DE FORÇA!

Próximo jogo: mechas e tiros na PS3.

MURRALHÕES DE FORÇA:
 
  

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