28 de maio de 2014

Secret of Mana

A culpa é daquela árvore!
Desenvolvido por: Square
Publicado por: Square
Director: Koichi Ishii
Produtor: Hiromichi Tanaka
Designer(s): Koichi Ishii, Hiromichi Tanaka
Argumentista: Hiromichi Tanaka
Compositor: Hiroki Kikuta
Plataforma(s): Super Nintendo, Virtual Console, iOS
Lançamento: 06-08-1993 (JP), 03-10-1993 (EUA), 24-11-1994 (EU)
Género: Action Role Playing Game
Modos de jogo: Modo história para ente 1 a 3 jogadores
Media: Cartucho de 16-megabit
Funcionalidades: Gravação de progresso no cartucho
Outros nomes: Seiken Densetsu 2 (聖剣伝説2 - Legend of the Sacred Sword 2) (JP)
Estado: Não se aplica
Condição: Não se aplica
Viciómetro: Acabei-o umas três vezes.

(Parece que o bom tempo tirou mesmo férias...)

Todos os Gigas são chatinhos...
Um dos géneros que mais aprecio neste mundo dos videojogos é sem dúvida o RPG. Seja ele ocidental ou oriental, nada consegue bater o número de horas ou a complexidade de uma história num jogo destes. E se agora os ocidentais estão ao nível dos orientais, ou mesmo acima na minha opinião, houve uma época onde o cenário não era bem assim e tudo quanto era JRPG dominava as consolas. Na era dos 16-bit, a Super Nintendo era sem dúvida a máquina que mais beneficiou disso com uma biblioteca vasta de jogos deste género, alguns deles grandes clássicos contemporâneos e outros tantos considerados como hidden gems. O jogo de hoje está no meio disto. Para mim tem tanto de clássico como de hidden gem pois muito boa gente desconhece a saga em questão. Secret of Mana é o nome que teve no ocidente mas não no Japão e já vamos abordar isso. Este exemplar, para grande pena minha, é digital e foi adquirido na Wii Shop por 800 pontos, algures em 2013, visto o preço do jogo original completo ser exorbitante. Devia tê-lo pedido na altura em que saiu aos meus pais e hoje não chorava.


Fizeste porcaria, vais de banda!
Secret of Mana é mais um jogo saído da outrora brilhante fábrica de sonhos conhecida por Squaresoft, de onde saíram alguns dos melhores RPG's japoneses de sempre. A história aborda um herói sem nome, que foi adoptado por um ancião de uma aldeia, pouco depois da sua mãe ter desaparecido. Aventureiro como é, acaba por se meter em encrencas e descobrir uma velha espada, dando assim inicio a uma aventura épica. Curiosamente, na versão original somos nós que damos os nomes às personagens, embora o manual japonês refira os nomes utilizados posteriormente na versão iOS, chamando-se o nosso herói Randi, a rapariga é Primm e a pequena sprite dá pelo nome de Popoi. Quanto ao nome do jogo, bom, tecnicamente este é o segundo jogo na saga Mana sendo o primeiro o conhecido Final Fantasy Adventure/Mystic Quest de Game Boy, o que indica que tentaram capitalizar às custas da fama conseguida por Final Fantasy pois o nome original, Seiken Densetsu (Legend of the Sacred Sword), não seria nada sonante no ocidente.

Dragões, bichinhos tão simpáticos.
À boa maneira da SNES, o grafismo de Secret of Mana é excelente e recheado de detalhe, com uma boa utilização da palete de cores e acima de tudo uma animação excelente de tudo quanto é cenário e sprites no ecrã. Por mais pequeno que seja um objecto, o detalhe nunca é deixado ao acaso e claro, no caso de inimigos de grandes dimensões o mesmo se aplica. Por outro lado, utiliza-se o Mode7 para navegarmos no mapa mundo, com toda a pixelização a que temos direito, seja via canhão ou mais tarde às costas do nosso amigo Flammie. Mas o importante é que funciona bem e é fácil identificar os respectivos continentes.

Moogles... moogles everywhere!
A música de Secret of Mana é algo que nunca irei esquecer devido às horas que passei de volta do mesmo. Qualquer uma das faixas é suficientemente memorável e ainda hoje as consigo ouvir sem sequer estar a jogar, algo que só por si diz muito acerca da qualidade sonora. Neste aspecto, a Square sempre se saiu bem por mais antigo que o jogo seja. Não só boa é a banda sonora como também todos os efeitos sonoros que povoam este título, sendo correctamente utilizados sem se tornarem aborrecidos ou irritantes.

Esta zona é de arrancar cabelos.
O que realmente distingue Secret of Mana de outros jogos do género é a sua mecânica e em última análise a sua jogabilidade. Começa por se apresentar como um Action RPG, ou seja, os inimigos estão on-screen e cabe-nos a nós enfrentá-los ou passar por eles. E isto é algo que faz a diferença neste jogo pois a dificuldade sobe a pique em menos de nada, o que leva o jogador a tentar evoluir o mais rápido que conseguir logo de inicio para evitar azias mais à frente. Mas não pensem que isto é um Zelda, atacar o inimigo non stop não leva a parte alguma e isto deve-se somente à barra de ataque que as personagens têm. Só quando esta barra está ao máximo é que o ataque tem a sua força máxima, sendo que depois sofre um pequeno cooldown. Durante este período, os nossos ataques são menos eficazes ou mesmo nulos contra certos inimigos. É isto que começa por tornar Secret of Mana diferente e apelativo.

Flammie, o nosso transporte pessoal.
As armas que dispomos, também têm as suas nuances e utilidade para além do combate, funcionando em certas zonas ou sendo mais eficazes contra inimigos específicos. Tal como as personagens sobem de nível, também as armas o fazem à medida que as utilizamos. Isto desbloqueia novos ataques que podemos utilizar ao pressionar o botão de ataque enchendo assim a barra até ao nível em que a arma se encontra. As personagens, embora sejam apenas três, são bastante diferentes entre si. Randi é mais forte fisicamente e evolui as armas com mais rapidez mas não usa magia. Primm pode utilizar magia curativa e defensiva sendo intermédia em termos de ataque e Popoi utiliza magia ofensiva mas é a mais fraca dos três. A magia destas duas personagens sobe de nível com a utilização da mesma, algo que vamos mesmo ter de utilizar, sobretudo nas batalhas contra os bosses que são um verdadeiro desafio ao longo do jogo.

O sistema de inventário é assim.
Um pequeno e ao mesmo tempo enorme pormenor em Secret of Mana é que existe um modo multiplayer que permite até três jogadores desfrutarem da história, bastando para tal ter-se um multitap da SNES. De outro modo apenas se pode jogar a dois. Sozinhos, controlamos qualquer uma das três personagens carregando em Select para trocarmos entre elas. As que são controladas pelo CPU reagem consoante as ordens que lhes dermos num dos sub-menus in-game, onde podemos optar por uma vertente ofensiva, defensiva ou meio termo, numa espécie de tabuleiro permitindo assim várias estratégias de combate. Na versão da Virtual Console, basta ligar os comandos da Gamecube ou os Classic Controller para apreciar este jogo com mais dois amigos. A titulo de curiosidade, o jogo começou por se chamar Final Fantasy Adventure 2 mas felizmente a ideia foi posta de lado, não escondendo o facto que a versão ocidental perdeu muito na tradução devido ao tipo de fonte utilizada e espaço que esta ocupava. Assim alguns diálogos foram reduzidos ao mínimo indispensável e em certas instâncias, algumas conversas poderão parecer não fazer sentido.

Este dragão já não parece tão simpático.
Se são fãs de RPG's certamente já jogaram Secret of Mana mas se ainda não o fizeram façam o favor de colmatar essa falha assim que possam. É sem dúvida um dos melhores jogos do género na Super Nintendo e isso faz do mesmo um JOGALHÃO DE FORÇA!

Outro excelente RPG, na Wii, muito em breve.





MURRALHÕES DE FORÇA: 
 

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