26 de maio de 2014

God of War: Ascension [Collector's Edition]

Mais um caixote...
Desenvolvido por: SCE Santa Monica Studio
Publicado por: Sony Computer Entertainment
Director: Todd Papy
Produtor: Whitney Wade
Designer: Mark Simon
Artista: Christopher Sutton
Argumentista(s): Marianne Krawczyk, Ariel Lawrence
Motor gráfico: God of War III Engine (modificado)
Plataforma: PlayStation 3
Lançamento: 11-03-2013 (EUA), 13-03-2013 (EU)
Género: Acção, Aventura, Hack 'n Slash
Modos de jogo: Modo história para um jogador, Multiplayer para até 8 jogadores
Media: Blu-Ray Dual Layer (50GB)
Funcionalidades: Gravação de progresso no disco rígido, Compatível com Função de Vibração, HD 720p, DLC adicional
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o duas vezes, platina alcançada.

(Em terra de cego, quem tem olho é ciclope!)

...que até nem é dos maiores.
Um dos grandes dilemas para quem gosta de videojogos hoje em dia é sem dúvida que versão do jogo comprar. Antigamente havia uma única versão, existindo muito raramente uma superior mas hoje em dia é bem capaz de sair um jogo com algumas cinco ou seis versões diferentes, com preços e conteúdos a condizer. Para o jogador comum, é simples: opta pela mais barata, muitas vezes sendo esta a digital. Para o jogador que para além de jogar colecciona, a escolha é bem mais difícil mas recai quase sempre na edição e coleccionador. O jogo de hoje é um perfeito exemplo disto. Existem três versões mas como não me contentava com nenhuma das menos apetrechadas, lá me decidi pela Collector's Edition deste God of War: Ascension. Um dos factores decisivos foi mesmo a baixa de preço, cerca de 40 euros na Amazon em Julho de 2013 (cá custava o mesmo só o steelbook). O outro factor decisivo foi a estatueta do Kratos, que embora não seja das melhores em termos de construção (muito leve), é suficientemente atractiva visualmente. O steelbook é bastante básico, demasiado até e a banda sonora é em formato digital (isto devia ser proibido por lei). O Season Pass deu acesso a tudo quanto foi DLC para o multiplayer sem pagar nem mais um chavo com mais umas quantas ninharias digitais como avatares. Ah, e ainda dava acesso à demo do The Last of Us mas já tinha o jogo...


O steelbook pouco inspirado.
Como é fácil de entender, depois dos eventos de God of War III a história acabou. Aparentemente. Então este Ascension passa-se onde dentro da timeline? É o princípio de tudo. Se nunca jogaram esta saga e querem começar por algum lado, este é o primeiro jogo que devem pegar, sem medo de spoilers. Para quem já jogou algum dos outros, este é mais um capítulo na mísera vida de Kratos, onde vamos encontrar o coitado preso (mais uma vez) cerca de seis meses após ter morto a sua família sem intenção. Quem lhe faz a vida negra neste episódio são as Furies, três irmãs cujos passatempos incluem tortura, morte e transformar coisas em insectos e outras criaturas escabrosas. O resto da história é para descobrirem.

Yep, a lenda começa.
Tal como em God of War III, o grafismo é algo que se destaca logo pela sua qualidade visual magnífica, com paisagens e cenários excelentes, boas texturas na maior parte dos casos, inimigos ao molho e acima de tudo alguns com um tamanho colossal, onde Kratos mais parece uma mosca do que outra coisa quando ao pé deles. A animação é também levada muito a sério quando se trata de ver tudo isto a mexer com uma fluidez decente e sem solavancos, ainda que a framerate não seja constante, oscilando entre os 30 e os 60 frames, coisa que raramente vemos durante muito tempo. Ainda assim é uma óptima experiência para os nossos olhinhos.

Manual, papelada e disco.
Sonoramente, God of War: Ascension não foge muito ao habitual nesta saga, com uma panóplia de novos temas mas indo buscar alguns dos já clássicos com um ou outro arranjo musical. Toda aquela sensação de banda sonora épica mantém-se, sobretudo nas batalhas mais calorosas, sendo que noutras partes do jogo opta-se por uma vertente mais calma ou unicamente proporcionada pela sonoridade ambiente, algo que sempre funcionou bem nesta série. O voice-acting continua a ser o mesmo pelos padrões impostos dos títulos anteriores, com vários diálogos entre os muito intervenientes, a habitual voice over nas cutscenes de história e claro, os guturais grunhidos e rugidos de Kratos, isto já para não referir tudo quanto é inimigo.

O interior do steelbook.
Podia dizer que quem jogou um dos God of War, jogou todos mas seria uma enorme mentira. Embora os jogos retenham a mecânica uns dos outros, todos eles se destacam por outra modificação ou novidade na jogabilidade. No caso deste Ascension, para além das Blades of Chaos podemos usar outras cinco armas que apanhamos tanto dos inimigos como por exemplo caídas no chão. Estas denominadas World Weapons têm uma utilização limitada mas são extremamente versáteis em combate. Por outro lado, se não tivermos nenhuma destas armas equipadas, Kratos pode usar murros e pontapés para tratar da saúde aos seus inimigos. 

Kratos em todo o seu esplendor.
À medida que se progride na trama, Kratos vai ainda ganhar o poder de quatro disciplinas mágicas sendo estas Fire of AresIce of PoseidonLightning of Zeus e Soul of Hades, que para além de infundirem o seu poder nas Blades of Chaos, têm algumas propriedades secundárias. Dos itens que vamos recolhendo pelo caminho, um dos mais curiosos é sem dúvida o Amulet of Uroborus que permite manipular o tempo, danificando ou arranjando objectos e cenário. A habilidade Rage volta novamente sendo que agora acumula com os nossos ataques ou gold orbs, bem como os Quick Time Events em certas partes.

Pastor, é a sua segunda profissão.
Completamente novo e exclusivo deste título é o multiplayer. Curiosamente já o tinha experimentando na fase Beta do jogo e até nem o achei mau de todo, embora só tenha jogado cerca de meia hora. A base do mesmo é bastante sólida, começando por nos deixar fazer uma personagem e escolher um dos deuses: Ares, Hades (também conhecido por Deus do verbo Haver), Zeus ou Poseidon, cada um com atributos específicos. Após isto podemos equipar a nossa personagem com armadura, armas, relics e magia, coisas que vamos desbloqueando ao jogar nos vários modos: Team Favor of the Gods, Match of Champions, Trial of the Gods, Capture the Flag e Bout of Honor. Ou então, DLC do Season Pass que também serve. O único modo que joguei foi o primeiro que referi acima, uma espécie de Team Deathmatch num cenário cheio de armadilhas e com muita batatada à mistura. Mas como não sou um tipo de MP, não lhe voltei a tocar mas não lhe tiro o mérito de até ser divertido. Um pequeno ponto negativo relativamente ao single player: o jogo crashou-me a dada altura, do nada, coisa que já tinha ocorrido no III portanto se vos acontecer, não se admirem.

O multiplayer também tem mostrengos!
Concluído, God of War: Ascension é uma boa entrada na série mas que não surpreendeu do mesmo modo que God of War III. Contudo, consegue implementar novas ideias numa fórmula já antiga e assim proporcionar mais umas boas horitas de marretada, sobretudo se forem fãs. Como já é apanágio da casa, é um JOGALHÃO DE FORÇA!

Volto em breve com um dos melhores JRPG's da Super Nintendo.

MURRALHÕES DE FORÇA:
 

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