20 de maio de 2014

Double Dragon

Capa épica!
Desenvolvido por: Technos
Publicado por: Nintendo
Director: Shinichi Saito
Designer(s): Shinichi Saito, Masao Shiroto, Kumiko Mukai
Compositor: Kazunaka Yamane
Plataforma: Game Boy e muitas outras
Lançamento: 20-07-1990 (JP), Agosto 1990 (EUA), Algures em 1990 (EU)
Genéro: Beat 'em up, plataformas
Modos de jogo: Modo história para um jogador, Modo Vs. para dois jogadores
Media: Cartucho de 1-megabit
Funcionalidades: Compatível com o cabo Game Link
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o demasiadas vezes para saber ao certo quantas foram.

(Parece que é novamente Inverno...)

Aquele texto é bem verdade.
Durante a década de 90, existiu sempre a tendência de trazer até casa a experiência vivida nos salões de jogos. Como muitos de nós sabemos, estes jogos eram nitidamente superiores a qualquer coisa que pudéssemos ter em casa, até mesmo o nosso computador, coisa que por vezes nem sequer tínhamos (ainda). Como tal, as conversões arcade-home eram o prato do dia e, obviamente, na maioria dos casos estavam a anos-luz dos originais. Contudo, conseguiam também ser jogos completamente diferentes e por si só novos, proporcionando alguns dos melhores momentos de diversão em frente à televisão. No caso do jogo de hoje, esta introdução aplica-se à versão portátil de um beat 'em up clássico que teve direito a inúmeras conversões caseiras, umas boas, outras muito más. A deste é boa. O meu exemplar chegou à colecção algures em 2013, por cerca de 20 euros, oriundo do eBay. E o melhor é que está impecável, quase como se não tivesse tido uso.


Manual e cartucho.
Double Dragon é daqueles títulos que para quem cresceu nos anos 90 dipensa qualquer tipo de apresentações. Mas para quem é de gerações mais novas, tavez não tenha conhecimento deste clássico pelo que passo a explicar. Como em qualquer outro jogo deste género, existe uma má acção, uma vítima e uma acção de retribuição por direito. Em suma, Marion que é namorada de um dos irmãos Lee, neste caso Billy, é raptada pelos Black Warriors. Cabe a Billy andar pelas ruas, fábricas, florestas, grutas e templos a distribuir porrada de modo a reaver a sua amada. Jimmy ficou em casa a descansar nesta versão.

Anda cá ao pai!
Como qualquer miúdo dos anos 90, o grafismo do Game Boy apesar de não ter cor, apelava bastante por ser pormenorizado e dotado de excelentes animações, coisa que por exemplo na NES não era tão bem conseguida. Double Dragon é um bom exemplo neste campo apresentando uns visuais bem detalhados e com excelentes animações ainda que sofra um pouco de slowdown quando há muitos sprites em simultâneo no ecrã. Ainda assim, nada tão sofrível quanto a versão NES. Em termos cénicos é variado, contando com diferentes locais tal como dei a entender um pouco mais acima neste texto.

A música é sem dúvida um dos pontos fortes neste jogo e os temas são todos eles memoráveis. Estes foram adaptados da versão NES mas a meu ver, conseguem ainda ser melhores graças à qualidade de som do Game Boy. Os efeitos sonoros desempenham bem a sua função sem se tornarem monótonos ou irritantes. Só é pena não existir um sound test para ouvir apenas as músicas.

Sho-ryu-... ah, espera...
Jogar Double Dragon no Game Boy poderá não ser para todos. Digo isto, pois tal como referi, o jogo sofre um pouco com alguns slowdowns mas nada que o torne "injogável". Apenas poderá ser lento demais para algumas pessoas mas já a versão NES sofria de um mal parecido. Ainda assim o controlo de Billy é muito simples. Existem dois ataques, murros e pontapés, que podem ser intercalados, resultando assim em diversas combinações de golpes, umas mais poderosas do que outras. Dependendo da posição do inimigo, podemos também dar cotoveladas e até agarrá-los para darmos joelhadas e a seguir os projectarmos. Pressionando os dois botões em simultâneo resulta num pontapé aéreo que também funciona como salto para passarmos certas zonas. Contudo este "salto" é demasiado flutuante e é preciso algum cuidado na sua execução para evitar aquela azia de cair num buraco.

Estes saltos podem provocar azia.
A dificuldade deste título é quase lendária mas esta versão não é excessivamente difícil. Os primeiros dois níveis são fáceis mas do terceiro até ao último a coisa vai mudando de figura. O bom é que ao contrário da versão NES, neste não "trocamos" golpes com os inimigos, ou seja, se eles estão a levar pancada, não conseguem responder de volta tornando o jogo significativamente mais fácil e balançado. Por outro lado, não existe nenhum modo cooperativo o que é uma pena mas existe um modo Vs. onde podemos jogar contra um amigo. O pior deste modo é que só podemos optar por Billy ou Jimmy não existindo opção para utilizar os mauzões como na versão NES.

Bom, creio que ficaram com uma boa ideia do que espera desta versão portátil de Double Dragon que é sem dúvida uma das melhores adaptações que joguei. E como tal, também nutro um carinho especial pela mesma o que a torna num JOGALHÃO DE FORÇA!

Brevemente no JDF, robots voadores na PS2.

MURRALHÕES DE FORÇA:
 

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