22 de novembro de 2013

Teenage Mutant Hero Turtles: Fall of the Foot Clan


Réplica da caixa original.
Desenvolvido por: Konami
Publicado por: Konami
Designer: Naoki Matsui
Compositor(es): Michiru Yamane, Tomoko Nishikawa
Plataforma: Game Boy
Lançamento: 03-08-1990 (JP), Agosto 1990 (EUA), Algures em 1990 (EU)
Genéro(s): Acção, Plataformas
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: Cartucho de 1-megabit
Funcionalidades: Não tem.
Outros nomes: Teenage Mutant Ninja Turtles: Fall of the Foot Clan (EUA)
Estado: Incompleto, falta o manual e a caixa original
Condição: Boa, muito poucas marcas de uso
Viciómetro: Acabei-o tantas vezes que nem me recordo ao certo.

(Hoje para além de estar frio, chove!)

Modéstia à parte, até ficou bem.
Nos anos 90 houve uma epidemia que afectou a população do planeta Terra, nomeadamente a população mais jovem entre os 7 e os 15 anos. Foi de tal forma eficaz que por onde passava infectava todas as criaturas dentro desta faixa etárias, com especial incidência no sexo masculino embora alguns elementos do sexo feminino também tenha sofrido com isso. Não, não matou ninguém, pelo menos que eu saiba! Mas o curioso é que ainda hoje, as pessoas que foram afectadas se lembram de como e quando aconteceu e poderão existir ainda sequelas. Mas se ainda não chegaram lá não há razão para alarmes pois refiro-me única e exclusivamente às Teenage Mutant Ninja Turtles, conhecidas por terras lusas como as Tartarugas Ninja, esse fenómeno mundial que ainda hoje recordo com saudade. Sim, fui afectado e de que maneira mas quem é que da minha idade não foi? Possivelmente um ou outro com a mania que era rebelde ou simplesmente se achava muito adulto para gostar de tartarugas e ninjas. O exemplar que trago até aqui hoje é nada mais, nada menos que Teenage Mutant Hero Turtles: Fall of the Foot Clan para a portátil mais famosa de sempre. Este exemplar apesar de se encontrar incompleto, está em bom estado e foi-me cedido pelo Ricardo Mateus, também conhecido por Dark-Vash. Desde já um enorme agradecimento. Posteriormente, fiz uma réplica da caixa original como se pode ver nas fotos, para o jogo ficar mais composto.


O respectivo cartucho sem manual.
Devem estar a questionar-se porque razão o jogo tem Hero no nome em vez de Ninja mas isso resume-se a políticas, ou se preferirem, burocracias de licenciamento e outras tantas coisas em torno da palavra ninja, nomeadamente censura pois ninjas são coisa do demo e muito maus para as mentes em crescimento das criancinhas. Talvez seja devido a isso que eu não regulo bem mas adiante. Este Fall of the Foot Clan é apenas mais um dos vários títulos associados à série, banda desenha e filmes, como forma de fazer dinheiro. E de facto naquela altura deve ter feito bastante, tinha Turtles no nome, era o suficiente. Contudo, Fall of the Foot Clan é um bom jogo, ao contrário do primeiro jogo de NES. A história é simples e parece um episódio da série: Shredder e Krang voltaram a fazer das suas, raptando a amiga dos nossos heróis, April O'Neil e ameaçando a cidade. Portanto, nada mais do que um dia normal para esta gente toda.

Um dia normal nos esgotos.
Imaginem o fascínio de um miúdo ao meter o cartucho na consola e poucos segundos depois estar a ler o título, em toda a sua glória e simplicidade, seguido da música da abertura da série mal começa o primeiro nível. É e foi uma experiência fabulosa. Os gráficos são detalhados o suficiente para reconhecermos heróis e vilões no pequeno ecrã monocromático, com sprites enormes e dotados de animações suficientemente boas para uma experiência portátil pronta a levar para qualquer canto do mundo. Não só isto é fabuloso como também as pequenas cutscenes entre os níveis que nos vão levantando o véu acerca da nossa aventura e de onde vamos a seguir. Contudo, e à semelhança de muitos outros títulos iniciais da Konami, o jogo sofre de alguns solavancos na acção, algo que se traduz num efeito de blinking sprites, algum muito comum na NES mas não tanto no Game Boy. Ainda assim, nada de grave e só ocorre quando há muitos sprites no ecrã, nomeadamente porque são enormes.

Parece que o dia acabou mal para Leo.
O tema principal é logo das primeiras coisas a ser ouvida e que nos fica eternamente na memória pois estamos a jogar com os nossos heróis e a banda sonora tem de ser a mesma da série. Nesse aspecto, Michiru Yamane fez um óptimo trabalho, tal como em muitos outros jogos, sendo a saga Castlevania um dos pontos altos da carreira na minha modesta opinião. Lembram-se de vibrar com a música da versão de NES? Eu também pois o tema principal nem sequer lá estava. Os efeitos sonoros são os típicos da Konami, com alguns reciclados de outros jogos de Game Boy e uns tantos exclusivos a este título até ao dia de hoje. Pelo menos eram só 50% preguiçosos nesse aspecto.

Don gosta de pescar nos tempos livres.
Depois de algumas tentativas frustradas de jogar a versão de NES (sim, já vou parar de bater no ceguinho), jogar a versão de Game Boy é como dar um belo mergulho no mar num dia de Verão onde se fazem sentir 40 graus à sombra. A jogabilidade é simples mas fluída, sem complicações e sem entraves. Em um minuto ou dois somos mestres no controlo, que se faz via D-pad e botões A e B, que servem para atacar e saltar, podendo a ordem ser trocada. Sim, aparentemente há pessoas que usam o B para saltar mas gostos não se discutem. Podemos ainda atirar shurikens se estivermos agachados. A escolha da nossa tartaruga favorita também é possível, sendo que as diferenças são mínimas e estéticas, ao contrário de outros jogos onde por exemplo Donatello é mais lento mas tem mais alcance, Raphael é rápido mas tem pouco alcance e Leonardo e Michaelangelo são ela por ela. Em Fall of the Foot Clan são exactamente a mesma coisa mesmo que vos digam o contrário. Tenho-o dito.

Capitão óbvio e seus amigos.
O único é ser curto mas naquela época era algo normal os jogos terem quatro ou cinco níveis no máximo. Ainda assim, são níveis que requerem algum conhecimento do padrão dos inimigos embora a maioria apareça sempre no mesmo sítio. Podemos logo ao inicio escolher onde queremos começar, seja no primeiro nível ou logo no quinto e último, o Technodrome. Se optarem por esta última opção, diz-se que não serão presenteados com o final do jogo mas não posso confirmar porque começo e sempre comecei o jogo desde o primeiro nível. Não tem piada nenhuma saltar quatro níveis num jogo destes! No decorrer da nossa aventura, muitos conhecidos da série e banda desenhada vão tentar parar-nos a todo o custo, infligindo-nos dano, coisa que podemos "reparar" ao consumir fatias de pizza ou pizzas inteiras. Se perdermos as quatro tartarugas, é game over certinho. Existem ainda três mini-jogos, escondidos em alguns dos níveis que nos permitem não só restituir energia perdia mas também ganhar pontos extra para o highscore. Há quanto tempo não liam a palavra highscore?

Com Raid ou Dum-Dum, era mais fácil.
Clássico, é a palavra que utilizo para descrever este jogo. É tão simples mas ao mesmo tempo tão bom que é impossível não se gostar. Mais a mais se forem fãs tal como eu, é daqueles jogos que mesmo hoje em dia se jogam e se terminam 20 minutos depois, deixando um gostinho de satisfação e nostalgia. Só é mesmo pena é que não tenha mais níveis, coisa que depois "corrigiram" na sequela que já aqui analisei. Teenage Mutant Hero Turtles: Fall of the Foot Clan para presidente... quero dizer, é um JOGALHÃO DE FORÇA!

A seguir vamos avançar no tempo e na tecnologia, com um FPS na PS3! :)

MURRALHÕES DE FORÇA:
 

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