27 de maio de 2013

Assassin's Creed: Revelations [Ottoman Edition]


As respectivas frentes.
Desenvolvido por: Ubisoft Montreal
Publicado por: Ubisoft
Director(es): Alexandre Amancio (Director Criativo)
Produtor: Martin Schelling
Designer: Alexandre Breault
Argumentista: Darby McDevitt
Compositor: Jesper Kyd, Lorne Balfe
Motor Gráfico: Anvil, Havok (Física)
Plataforma(s): PlayStation 3, Xbox360, PC
Lançamento: 15-11-2011 (EUA, EU), 01-12-2011 (JP)
Género(s): Acção, Aventura, Sandbox
Modos de jogo: Modo história para um jogador, Multiplayer online para até oito jogadores
Media: Blu-Ray
Funcionalidades: Instalação de 4.1GB no disco rígido, Suporte HD 720p, 1080i e 1080p, DLC adicional, Compatível com 3D
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o uma vez, completei todas as missões.

(Quase no Verão e nem sinal dele.)

E as respectivas... traseiras.
Tal como acontece muito com os filmes, os jogos também se desdobram em sequelas e prequelas dando origem tanto a boas como más experiências. Quando algo está bom, excelente até, não significa que se possa ou consiga fazer melhor após esse brilharete anterior e penso que o jogo que trago até aqui hoje ilustra isso na perfeição. A série Assassin's Creed, penso que, dispensa apresentações e é sem dúvida uma das mais conhecidas nos dias de hoje com uma certa influência no meio pois sempre que se apresenta um jogo novo, as reacções são diversas não deixando ninguém indiferente. Este meu exemplar foi adquirido algures em 2012, numa loja online por cerca de 25 euros, mais coisa menos coisa. Tratando-se da Ottoman Edition, para além do jogo, incluí ainda uma cópia digital do Assassin's Creed original bem como o DLC saído até à data.


Manual, papelada e disco.
No que toca a esta série, eu sou suspeito pois confesso que estou cansado da mesma e as inovações que cada jogo vai adicionando não me atraem nada. Aliás, cada vez me sinto mais tentado em não comprar os que faltam mas sei que eventualmente isso irá acontecer. Mas adiante. Em Assassin's Creed: Revelations, a trama de Ezio Auditore adensa-se cada vez mais na busca pelos segredos da irmandade e consequentemente do seu antepassado Altaïr. Já com os anos a pesar, vamos assumir o controlo de um Ezio mais velho, algo que se vê bem mas que fisicamente parece não o afectar pois a sua agilidade continua igual. A cidade escolhida para o desenrolar da trama foi Constantinopla, algures em 1511 e o resto já se sabe.

Den Defense... no seu melhor.
Não fugindo muito ao habitual, este Revelations aparenta ser mais uma expansão do que propriamente um jogo novo visto os visuais não se destacarem muito dos dois títulos anteriores. O mesmo motor de jogo é utilizado, tanto para a acção como para as cutscenes, acusando já algum cansaço que se nota particularmente quando há muita confusão no ecrã ou simplesmente pelos pequenos glitches gráficos que poderão ocorrer de vez em quando, sem compromisso. No entanto não deixa de ser um jogo bonito visualmente, sobretudo se gostarem de apreciar as vistas como eu, onde o detalhe parece imperar a cada canto da cidade e demais localizações.

Não se afastando muito dos seus antecessores, em Revelations a composição sonora continua a ser um dos pontos fortes do jogo, com uma musicalidade característica e que se faz sentir ao longo de todo o desenrolar da história, adaptando-se ao contexto em que estamos inseridos. Em termos de voice acting, continua a marcar pontos, com diálogos bem estruturados e uma representação bem conseguida. Som e demais pormenores audíveis estão também impecáveis, como é habitual na série.

Mesmo em velho, Ezio adora adrenalina.
Onde este jogo realmente começa a saturar é na parte jogável. Digo isto porque a evolução neste campo é mínima e o pouco que se tenta modificar, para melhor segundo se possa pensar, não funciona, na minha modesta opinião. Ezio continua a fazer exactamente o mesmo de sempre, apesar da sua idade, algo que não compreendo pois devia ter algumas limitações físicas. Aparentemente uma vez assassino ágil, será assim a vida inteira até mesmo se for velho. O combate também pouco ou nada evoluiu desde o Brotherhood, que apesar de ser um bom sistema, necessitava de alguns ajustes para ser ainda melhor. O pior mesmo foi terem estragado, a meu ver, algo que no jogo anterior me dava gozo e que se resume à nossa irmandade. Podemos recrutar e treinar os nossos seguidores, enviando os mesmos para missões ao longo da Europa, algo já visto anteriormente. A única diferença é que nunca conquistamos verdadeiramente cada localização, obrigando-nos a manter sempre um dos nossos assassinos no terreno para manter a soberania. A meu ver isto tem tanto de bom quanto de mau pois se por um lado torna o jogo mais "realista", por outro é um dispêndio de recursos desnecessário.

I am the God of Hellfire...
Ainda assim isto não é nada quando comparado ao novo Den Defense, uma espécie de mini-jogo onde controlamos várias unidades de infantaria e afins para defender os nossos antros conquistados aos templários. A ideia é gira, no papel. Quando inserida no jogo, quebra por completo o ritmo do mesmo e é enfadonha q.b., pois meter uma porção de estratégia num jogo de acção não faz muito sentido. E além disso é aborrecido estar a meter unidades para defender algo que seria muito mais divertido de fazer se pudéssemos ir lá para o meio da confusão espalhar o caos entre as hostes. Outra coisa que mantiveram foram os objectivos secundários nas missões (a única coisa que detestei no Brotherhood). Alguns deles são tão ridículos que acredito que muitas pessoas não se tenham dado ao trabalho de sincronizar as memórias a 100%.

O que uma maçã faz!
Parece que este meu descontentamento não se fica por aqui e vai um pouco mais além. Esta Ottoman Edition inclui ainda DLC diverso, que se traduz em coisas para o modo multiplayer, que uma vez mais não lhe toquei porque sinceramente não me seduz e ainda duas novas missões: Vlad The Impaler e The Lost Archive. A primeira é daquelas onde vamos visitar o castelo do senhor Vlad e temos de o terminar dentro do tempo limite. Aborrecido até à enésima potência. A segunda, basicamente, é igual às side quests na primeira pessoa que se encontram na Animus Island e que não servem rigorosamente para nada a não ser levar com mais um pouco de lore e uns itens para o multiplayer. Escusado será dizer que esta edição só prima por ter uma sleeve de cartão minimamente engraçada.

The Fast and Furious - AC Edition.
Embora possam ter ficado com a impressão que Assassin's Creed: Revelations é mau, a verdade é que não é. Digamos que é apenas inferior aos anteriores, sobretudo ao Brotherhood que a meu ver é o pináculo da série até agora. Ainda assim, para quem gosta do género tem aqui muito por explorar e certamente conseguem-no arranjar a um preço amigável nos dias que correm. O resto já sabem, é um JOGALHÃO DE FORÇA. Caso encerrado.

Em breve, espero eu, dois clássicos das arcades vão levantar voo aqui no sítio do costume. :)

MURRALHÕES DE FORÇA:
 
 

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