4 de março de 2013

Call of Duty: Black Ops II


Mais um tipo mauzão na capa.
Desenvolvido por: Treyarch
Publicado por: Activision
Argumentista(s): David S. Goyer
Compositor(es): Jack Wall, Trent Reznor (tema principal)
Motor Gráfico: Black Ops II Engine
Plataforma(s): PlayStation 3, Xbox360, PC, WiiU
Lançamento: 13-11-2012 (Mundial), Versão de WiiU saiu mais tarde
Género: First Person Shooter
Modos de jogo: Modo história para um jogador, Modo Zombies Co-Op para um ou dois jogadores online ou local, Multiplayer online para até 18 jogadores (com 2 em splitscreen), Multiplayer local em splitscreen para até 4 jogadores com bots controlados pelo jogo.
Media: Blu-Ray
Funcionalidades: Gravação de progresso no disco rígido da consola (8MB mínimo), Suporte HD 720p, 1080i e 1080p, Compatível com Função de Vibração, DLC de mapas adicionais.
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o duas vezes em Normal e Veteran. Passei pouco tempo no multiplayer tanto online como offline pois o jogo tem tendência para crashar.

(Esta chuva já se ia embora de vez!)

Texto? Isso é para meninos...
Com a crescente evolução dos videojogos, assistimos a um constante bombardeamento de títulos que se repetem anualmente como se de uma procissão se tratasse. Alguns até escapam mas outros já começam a entrar na fase de declínio onde alguém devia levantar-se dizer: "Já chega! Tentaram mas já farta.". Obviamente isto não acontece e o hype train continua a bombar freneticamente parando em todas as estações, sejam elas a da internet ou a dos amigos no café. Mas este comboio vicioso, nem sempre nos traz boas surpresas, ou em última instância, não nos corresponde inteiramente. O jogo que trago até aqui hoje é um claro exemplo disto tudo que referi acima. Este exemplar foi-me oferecido no Natal de 2012, como parece já vir a ser tradição visto ser de lançamento anual.


Manual, disco e papelada.
Call of Duty: Black Ops II dispensa apresentações, introduções e outras coisas acabadas em "ões", salvo seja. É provavelmente o franchise de FPS mais conhecido neste recanto da galáxia e arredores e a fama deve-se em parte ao grande Call of Duty 4 que foi o grande "game changer" em 2007. Mas se os anteriores eram porreiros, este Black Ops II começa a deixar de o ser mas já lá vamos. A história, que desde já é uma salganhada completa, coloca-nos na pele de várias personagens já nossas conhecidas do episódio anterior com alguns novatos pelo meio. A trama compreende um período da guerra fria, mais concretamente 1986-1989, que se interliga mais tarde com os eventos de 2025, onde vamos ter de tentar parar com os planos maquiavélicos de Raul Menendez, o vilão de serviço. Digo tentar parar pois podemos não o conseguir.

É hora de dar o passo em frente.
Se houve algo que não me surpreendeu minimamente foram os visuais. Este Black Ops II não é nenhum avanço em relação aos anteriores na minha mais profunda e modesta opinião. Tudo bem que pode ter alguns pormenores bastante bem apanhados mas no geral é a mesmíssima coisa que vimos anteriormente. Até pior, se considerarmos que as cutscenes já não são em tempo real, coisa que se nota claramente pela frame rate, inferior à do próprio jogo. Fora isso, os cenários continuam a ser variados e no geral, as animações estão boas, com especial destaque para as personagens principais. Aqui não há margem para cometer erros pois se não aproveitam o que os antigos têm de bom, seria inadmissível.

Rambo III? Não mas está perto...
O som e a banda sonora são um dos pontos positivos, como seria de esperar, com um voice-acting bastante bom donde são imediatamente reconhecidas certas vozes como por exemplo a de Michael Rooker, mais conhecido por ser o Merle Dixon de The Walking Dead. Aliás, até a personagem é parecida ao actor logo não há que enganar. Os diálogos também estão bons, embora um pouco maiores do que nos jogos anteriores. A meu ver há conversa a mais em certas partes mas a história também o obriga. A música é o habitual, algumas faixas nos momentos de mais tensão e som ambiente onde a coisa assim o exige. Tudo quanto é som de guerra não apresenta qualquer tipo de defeito ao qual me atreva a apontar o dedo. Funciona, é agradável e isso é que interessa.

Decisão difícil.
Se a jogabilidade continua praticamente na mesma face, por exemplo, ao jogo anterior, a mecânica foi a modos que reinventada para o modo campanha. Para quem está habituado à saga, sabe o quão linear tem vindo a ser desde há uns anos mas neste Black Ops II tentou inovar-se. A campanha é jogada da mesma forma mas as nossas acções, decisões e até performance em batalha influenciam o final de cada missão, e consequentemente de todas as outras. Exemplificando, se matarmos uma certa personagem em vez de lhe darmos um tiro na perna, vai ter influência no final ou mesmo no diálogo com outras personagens. Não cumprir um determinado objectivo poderá acarretar problemas com uma certa nação e por aí adiante. Isto é de facto algo que até me agradou e proporciona várias rondas para ver os diversos finais que o jogo proporciona. Algo que era comum nos tempos da PlayStation e hoje em dia nem tanto.

Quem não paga bilhete leva tiro!
Por outro lado, apesar desta agradável inovação, foram introduzidos mais alguns elementos novos que a meu ver eram dispensáveis pois afectam o jogo em diversos níveis. Um desses elementos são as Strike Force Missions, que se traduzem em missões especiais onde temos que defender algo, procurar por alguém ou escoltar um convoy pelo deserto, a título de exemplo. No entanto, apesar de podermos assumir o controlo de qualquer unidade disponível na missão, seja ela um soldado, uma turret ou outro gadget qualquer novo, a ideia é usar a vista aérea e controlar as coisas estrategicamente. Ora a ideia é óptima no papel mas na prática funciona mal. Em parte devido à AI ser má neste modo, onde os nossos soldados são literalmente carne para canhão pois parece que não reagem aos nossos comandos quando mais precisamos. Isto aplica-se sobretudo na dificuldade Normal e superiores, onde os inimigos são mortíferos. Em Veteran então acho que é impossível terminar seja qual missão for. Outro senão é que estas missões fazem parte da história e se não forem feitas no tempo estipulado, desaparecem de vez. Para além disso, temos um número limite de vezes para as tentar concluir. O meu conselho? Joguem-nas na dificuldade mais fácil e assumam o controlo de um soldado pois assim até passam por uma missão normal.

Num dia normal, isto seria radical.
Confesso que achei o jogo muito fácil por dois motivos. O primeiro é que os inimigos não fazem tanta mossa como por exemplo no Call of Duty 4. O outro motivo prende-se por uma novidade na mecânica e que é o facto de podermos escolher o nosso arsenal antes de cada missão, ao estilo do multiplayer mas sem tanta coisa para nos auxiliar. Obviamente que só o facto de podermos levar certas armas tornam as coisas mais fáceis, especialmente se tivermos desbloqueado as melhores, coisa que se consegue ao terminar missões e concluir certos objectivos dentro de cada nível, alguns fáceis, outros nem por isso. Estes objectivos seriam mais fáceis se não tivessem também excluído a opção "Restart from last checkpoint". E se referir que existem armas que permitem ver através de objectos e até furar paredes, acho que disse tudo.

Estratégia mas pouca.
O multiplayer, um dos grandes atractivos desta série continua a ser bom embora tenha jogado pouco tanto online como offline pois tive uns quantos crashes, daqueles que obrigam a hard reset e não faço tenção de lixar a consola com isto. É triste mas é verdade, mesmo a jogar com bots offline o jogo teve de crashar para meu espanto e tristeza pois os novos mapas são muito bons e as armas mais que muitas, já para não referir os killstreaks, alguns tão chulados que até mete dó.  Um modo que me surpreendeu pela positiva foi o Zombies, que está agora mais apelativo pois inclui um Easy Mode onde os zombies são menos agressivos e podemos levar mais pancada. Para além disso, o modo Tranzit é divertidíssimo pois implica a que tenhamos de cumprir certos objectivos antes do nosso autocarro partir para outra área do mapa, isto claro, se quisermos progredir de alguma forma. Está também repleto de pequenas surpresas e jogado a dois ou mais é excelente.

Calculo que conheçam este senhor...
Depois de lerem esta minha pequena opinião sobre o jogo, penso que já terão uma ideia do que esperar. Podia ser melhor do que aquilo que é, melhor e sobretudo maior pois havia mais para explorar. As Strike Force Missions eram completamente dispensáveis em detrimento de mais níveis para a campanha e os crashes ocasionais também são daquelas coisas que acho inadmissíveis seja em que jogo for. Em PC é provável que não aconteça mas na PS3 e na Xbox360, preparem-se. Bom, fora isto se forem fãs de FPS, ide jogar pois estando na minha colecção já se sabe que é um JOGALHÃO DE FORÇA!

Daqui a uns dias trago um relançamento de um velho jogo de GameCube na Wii. :)

MURRALHÕES DE FORÇA:
 
 

1 comentário:

  1. Desconhecia por completo essas missões mais estratégicas... definitivamente, um jogo a comprar apenas quando estiver na margem dos 20€.

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