21 de maio de 2012

Dead Island

Nice artwork!
Desenvolvido por: Techland
Publicado por: Deep Silver
Compositor(es): Pawel Blaszczak, Giles Lamb
Motor gráfico: Chrome Engine 5
Plataforma(s): PlayStation 3, Xbox360, PC
Lançamento: 06-10-2011 (EUA), 09-20-2011 (EU), 20-11-2011 (JP)
Género: Survival Horror, Open-world First  Person Shooter, Role Playing Game, Sandbox
Modos de jogo: Modo história para um jogador, Multiplayer online co-op até 4 jogadores
Media: BluRay
Funcionalidades: Gravação de progresso no disco rígido da consola (5MB mínimo), Suporte HD 720p, Compatível com DualShock 3, DLC adicional
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o duas vezes, muitas horas de jogo.

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Hoje em dia existem imensos factores decisivos que nos ajudam na hora de comprar um novo jogo para a nossa colecção. Um deles é sem dúvida o marketing em torno do mesmo, que quando é utilizado de forma inteligente, resulta. Por outro lado existe o factor eyecandy que também pode surtir algum efeito na população em geral mantendo o grande bolo em segredo até ao dia D. No caso do jogo que trago até aqui hoje, o factor eyecandy começou neste excelente vídeo que deixou meio mundo boquiaberto, sobretudo pela qualidade visual e pela premissa em si, que neste caso também foi abordada de uma forma brutal. O marketing seguiu-se logo após. Poderá não ter convencido todos mas a mim convenceu-me e nem foi pelo vídeo. Este exemplar foi adquirido numa loja online, como é hábito, por 20 e poucos euros.


Zee back cover.
Dead Island apresenta-se como um verdadeiro Survival Horror, onde o mais importante é mesmo tentar sobreviver na ilha de Banoi, ao largo de Papua Nova Guiné, que se encontra infestada de zombies e outras aberrações, algo que não sabemos muito bem como aconteceu. A história segue de perto quatro personagens sendo elas Xian Mei, uma empregada de hotel e também espia para o governo Chinês; Sam B, um rapper americano; Logan, ex-jogador de futebol americano e Purna, uma guarda-costas com um passado ligado às forças policiais. Cabe-nos a nós escolher um destes quatro desgraçados e tentar sair da ilha, descobrindo pelo caminho o que originou esta epidemia.

Depois daquele fabuloso vídeo, muitos esperavam que Dead Island fosse um primor visual mas a verdade é que deixa um pouco a desejar. Graficamente, já se viu melhor na PS3 e até nas outras plataformas mas ainda assim os visuais são funcionais apesar de grosseiros em certas partes, com texturas a tirar para o feio, ocasionais glitches gráficos, sobretudo nas cutscenes que são feitas com o motor de jogo e outras maleitas. Nada que estrague a acção nem o ambiente, que é excelente e consegue mesmo criar a sério aquele clima de tensão e bastante desconforto através da utilização da luz, por exemplo. Mas a experiência é no seu todo bastante agradável, com uma diversidade de cenários enormes que vão desde o luxuoso resort onde começamos, passando por uma cidade decadente, até chegarmos à selva onde os nossos passos nos levarão eventualmente a uma prisão. Agradável (ou não) é também ver a pormenorização da epidemia que se traduz não só nos zombies mas também na violência gráfica espalhada por todo o lado, desde sangue, a corpos putrefactos e claro, passando pelos eventuais desmembramentos. Não o recomendo aos mais sensíveis.

Manual e disco.
O som tem um papel fulcral em Dead Island pois afinal de contas trata-se de um jogo onde temos de sobreviver e como tal, necessitamos não só dos olhos mas também dos ouvidos para ter em conta tudo o que nos rodeia. Em Dead Island a sonoridade é algo que tanto nos deixa aliviados como borrados de medo, se for caso disso, pois é utilizada de forma inteligente e até mesmo um pouco cliché em certas ocasiões, trazendo à memória tanto filmes como outros jogos do género. O restolhar de vegetação, tanto pode ser o vento como um zombie que por ali passava e nos cheirou. Melhor ainda é quando ouvimos gritos, sinal de que é hora de nos pormos a milhas do sítio onde estamos pois um infected detectou-nos e vem a correr na nossa direcção, algo que nem sempre nos apercebemos até ele estar em cima de nós. E isto, assusta, por incrível que pareça! O voice-acting das personagens não é nada do outro mundo mas conta com vozes conhecidas como por exemplo Phil LaMarr e Kim Mai Guest, que emprestaram o seu talento a personagens de Metal Gear Solid (Vamp e Mei Ling, respectivamente). Obviamente este título não vive só do som ambiente, que está excelente mas também de uma banda sonora discreta que tem os seus momentos, sobretudo quando estamos em confrontos acessos com inimigos ou simplesmente em momentos-chave da história. Não é, no entanto, algo que nos fique vivo na memória por muito tempo.

A festa foi rija!
Para quem jogou títulos como Fallout e Borderlands, Dead Island é muito semelhante no patamar da jogabilidade e mecânica. Cada uma das personagens tem habilidades e dons específicos, que podemos evoluir ao nosso gosto. Esta evolução é feita com pontos, que ganhamos sempre que subimos de nível, algo que é conseguido por matarmos zombies. Por exemplo, Xian Mei é óptima com armas brancas e fraca com armas de fogo. Já Purna é o inverso. Sam B safa-se com blunt weapons e força bruta, enquanto Logan é uma personagem all-around mas não chegando a ser exímio em nada. Sinceramente, a escolha é irrelevante mas dado que não existem muitas armas de fogo espalhadas pelo jogo e muito menos ao início, nada como escolher Xian Mei.

Remar na piscina não te leva longe...
E por "falar" em armas, estas aparecem às centenas, por todo o lado e sob todas as formas e feitios. Vão desde pequenas facas de cozinha, cutelos, foices, até katanas e caçadeiras, sem esquecer o tradicional taco de baseball, sempre útil contra zombies. Mas a grande diversão começa quando encontramos as blueprints para fazermos armas especiais, onde encontramos as coisas mais estapafúrdias que possamos imaginar mas que são a nossa salvação no meio disto tudo. Tacos de baseball com pregos, machetes que electrificam inimigos, até metralhadoras que disparam balas incendiárias, qualquer uma destas combinações é morte certa. Isto já para não referir outros atributos extra que podem surgir como fazer os inimigos sangrarem mais ou arderem por mais tempo, a título de exemplo. Contudo, precisamos de "ingredientes" que vamos encontrar espalhados por toda a ilha, pelo que o looting é a palavra de ordem. Pilhem tudo, não deixem nada por revistar. Claro que sempre podem encontrar algo à venda nos diversos NPC's que se encontram a sobreviver na ilha, bem como arranjá-las pois o seu uso faz com que se estraguem.

Com um amigo torna-se mais divertido.
Sendo a ilha gigante, existem imensos NPC's e várias zonas de sobreviventes, com muitas side quests para levarmos a cabo, algumas recompensadoras, outras nem por isso mas que sempre complementam a main quest. Algumas destas side quests chegam a ser bastante longas, estendendo-se por mais do que um capítulo inteiro na main quest. Tal como nos dois jogos que referi acima, podemos utilizar a funcionalidade de Fast Travel, caso já tenhamos descoberto as localizações ou então explorar à pata, ainda que isto signifique encontrar imensa resistência morta-viva. A outra opção é arranjar um veículo e prego a fundo por cima deles todos pois também resulta e é divertido. Esta resistência não se limita somente a zombies lentos mas também aos infected, que parecem saídos de 28 Days Later; os Floaters que são os gordos cuspidores cá do sítio; os Thugs, uma espécie de zombie que anda no ginásio a levantar ferro; os Suiciders, que fazem o que o nome sugere; os Butchers, aberrações com braços estilo lâmina mas em osso e os Rams, outro tipo de aberração gigantesca que só no quer dar encontrões. Curiosamente nada explica de onde estes últimos surgiram.

Condução perigosa.
Com esta explicação toda ainda nem referi como é a jogabilidade propriamente dita mas para grande surpresa vossa... é semelhante à dos jogos citados acima. Atacamos, corremos, saltamos, a custo de gastarmos stamina, podendo carregar um número limitado de armas e itens, que aumenta com a evolução da personagem. O mais interessante é que temos dois tipos de controlo: digital, onde usamos um dos botões superiores para atacar e outro para bloquear, e analógico, onde o joystick da direita controla o nosso braço permitindo atacar em qualquer direcção, não se limitando apenas a desferir golpes aleatoriamente. Isto é particularmente útil para desmembrar inimigos, conseguir critical hits e afins mas também é mais difícil de dominar, o que a meu ver torna o jogo bem mais interessante. Se tivessem incluído suporte para o Move não teria sido nada má ideia.

Quem diria que Jason Vorhees estava vivo!
O modo multiplayer apenas funciona online (infelizmente não tem splitscreen) dando-nos a possibilidade de enfrentar as hostilidades com mais três parceiros, que estejam com o mesmo progresso de jogo. Isto possibilita a troca de itens bem como de um aumento da dificuldade, visto os inimigos evoluírem connosco algo que se sente mais no modo online, ainda que possamos activar esta funcionalidade mesmo no single player. Para o co-op basta estarmos online, a jogar e quem quiser juntar-se ao nosso jogo é livre de o fazer desde que tenhamos slots livres para o efeito, sessão seja pública e estejam perto um do outro com o mesmo progresso. O jogo avisa sempre que há um jogador por perto e só pára se formos nós a entrar na sessão. Se for ao contrário, o nosso jogo decorre como se nada fosse e por vezes só damos conta disso quando ouvimos alguém a berrar no headset ou uma seta verde aos ziguezagues no mapa.

O logo europeu e o logo americano.
Esta exposição já vai longa pelo que não pretendo alongar-me mais mas não a termino sem referir que Dead Island foi alvo de controvérsia, como não poderia deixar de ser, não tendo sido lançado na Alemanha devido ao alto teor de violência, ou até mesmo ter o seu logótipo censurado nos Estados Unidos devido a sugerir um suicídio como se pode bem ver. Por outro lado teve direito a DLC extra sob a forma de um capítulo que antecede os eventos do jogo e uma arena denominada Bloodbath Arena (ainda não joguei isto porque não tenho), uma adaptação a livro, uma prequela em BD (que gostava de ler pois adiciona mais uns pózitos à trama) e ainda a promessa escassa de uma sequela e um filme. Espero que não se concretize este último.

E é isto, se gostam de zombies e horas a fio de exploração, divertimento e matança, Dead Island é o jogo ideal a ter na consola. Se não gostam, bom não há nada a fazer, ide jogar outra coisa qualquer! O facto é que este é um JOGALHÃO DE FORÇA!

Em breve regresso com aqueles monstros do espaço que têm sangue ácido, na Nintendo DS. :)

MURRALHÕES DE FORÇA:
 

2 comentários:

  1. De facto parece ser um jogo muito porreiro, mas ultimamente a oferta zombie é tanta que um gajo nem se sabe para onde se virar.
    Vais falar do Aliens Colonial Marines: Infestation? Acabei esse jogo há umas semanas, por acaso não gostei muito.

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  2. É só Aliens Infestation. ^^ Sim, é esse. E curti do jogo, lembra-me uma espécie de Metroid com Contra 4, sem a dificuldade absurda. Não é perfeito mas tem qualquer coisa que me agrada.

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